Hoje na Economia – 21/05/2020

Hoje na Economia – 21/05/2020

Mercados financeiros abrem a quinta-feira com quedas, após diversos dias de altas seguidas e com recrudescimento de tensões entre China e EUA, com o Senado americano aprovando lei que impediria empresas chinesas de serem listadas em bolsas americanas (e dessa forma conseguirem capital no país), afetando inclusive empresas que já o são, como Alibaba e Baidu.

Na Ásia as bolsas fecharam sem direção única, mas com a maioria em queda. O índice regional MSCI Asia Pacific caiu -0,4%, com recuos de -0,21% no Nikkei225 de Tóquio e -0,55% na bolsa de Xangai. Por outro lado, houve alta de 0,44% no KOSPI de Seul e 0,37% no SENSEX da Índia. As prévias de maio de PMI divulgadas no Japão mostraram queda no caso da manufatura (38,4 contra 41,9 do mês anterior) e alta no caso de serviços (25,3 contra 21,5). O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,21%, cotado a ¥/US$ 107,76.

As bolsas europeias operam todas em queda no momento. Há recuos de -0,74% no índice pan-europeu STOXX600, -0,91% no FTSE100 de Londres, -1,00% no CAC40 de Paris e -1,38% no DAX de Frankfurt. As prévias dos PMIs da Zona do Euro mostraram alta em relação ao mês anterior e vieram acima do esperado. No caso de manufatura, o índice passou de 33,4 para 39,5 (esperado 38,0) e no caso dos serviços passou de 12,0 para 28,7 (esperado 25,0). O euro está se depreciando levemente contra o dólar, -0,09%, cotado a US$/€ 1,0970.

No mercado americano, o índice futuro S&P500 aponta para um dia de queda nas ações, de -0,55%. O dólar está ganhando valor contra boa parte das moedas globais, com valorização de 0,17% no índice DXY. Os juros futuros recuam um pouco hoje, com a Treasury de 10 anos tendo queda de 0,01 pp no yield, para 0,67% a.a.. Hoje é um dia cheio de dados econômicos, com os destaques devendo mostrar melhora:o índice de atividade do Fed de Filadélfia (que deve subir de -56,6 para -40,0), os pedidos semanais de seguro desemprego devem diminuir de 2,9 milhões para 2,4 milhões e as prévias dos PMIs devem subir de 36,1 para 39,5 no caso de manufatura e 26,7 para 32,3 no caso de serviços. Diversos membros do Fed devem fazer discursos hoje, com destaque para uma sessão de perguntas e respostas do presidente do Fed, Powell.

Os preços de commodities operam em alta pela manhã, com o destaque sendo novamente o petróleo. O barril tipo WTI é negociado a US$ 34,09, uma alta de 1,79% em relação a ontem. Esse já é o oitavo dia seguido de alta, acumulando variação superior a 34% no período.

No Brasil, o único dado econômico da agenda de hoje é a arrecadação federal de abril, que deve ter caído para R$ 115 bi, contra R$ 139 bi no mesmo mês do ano passado. O noticiário político indica que o presidente Bolsonaro está cedendo mais espaço para os partidos do chamado “Centrão” no seu governo. Ainda não há indicação de quando o sigilo sobre o vídeo da reunião de Bolsonaro com seus ministros será divulgado. Os preços de ativos brasileiros foram beneficiados pela melhora dos mercados internacionais nos últimos dias. Hoje, com a reversão desse movimento no mercado global, é provável que haja queda no Ibovespa e aumento de juros futuros. O real, por sua vez, teve bastante intervenção do Banco Central e ontem o presidente do BC, Campos Neto, disse que pode ampliar essa intervenção caso necessário. Dessa forma, há menor chance de depreciação e, se ocorrer, deve ser pequena.

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