Hoje na Economia – 21/06/2019
Edição 2280
21/06/2019
Mercados financeiros abrem com ligeira queda na sexta-feira, com realização de lucros após alguns ativos subirem bastante nos últimos dias.
As bolsas da Ásia fecharam sem direção única. O índice MSCI Ásia Pacífico caiu 0,3%, queda de -0,95% no Nikkei225 do Japão, mas alta de 0,50% na bolsa de Xangai. O iene está se desvalorizando contra o dólar, -0,20%, cotado a ¥/US$ 107,51.
Na Europa, as bolsas operam sem direção única. Há queda de -0,25% no índice pan-europeu STOXX600, com recuo também de -0,17% no DAX de Frankfurt. Entretanto há altas de +0,07% no FTSE100 de Londres e +0,10% no CAC40 de Paris. O euro está se valorizando contra o dólar, 0,14%, cotado a US$/€ 1,1309. As prévias dos PMIs de junho foram divulgadas na Zona do Euro, com o PMI manufatura vindo ligeiramente abaixo do esperado (47,8 contra 48,0), mas ainda melhorando levemente em relação ao dado anterior (47,7). O PMI serviços, por sua vez, surpreendeu para cima (53,4 contra 53,0) e também acelerou em relação ao dado anterior (52,9).
No mercado americano, ontem o índice de ações S&P500 bateu um novo recorde, ajudado pela perspectiva de estímulo monetário e possibilidade de acordo comercial entre China e EUA na semana que vem. Hoje ele recua ligeiramente, -0,19%. Há pequena queda no yield da Treasury de 10 anos, a 2,03% a.a.. O dólar está basicamente estável contra as principais moedas, com o índice DXY subindo 0,01%. Hoje será divulgada a prévia do PMI de junho nos EUA também, sendo a expectativa de estabilidade nos serviços e na manufatura nos números atuais, que indicam ligeiro crescimento (51,0 e 50,5, respectivamente).
A notícia de que o presidente dos EUA, Donald Trump, autorizou um ataque ao Irã (devido à questão dos navios sendo atacados no golfo de Omã), mas depois mudou de ideia, faz comq eu o preço de petróleo suba consideravelmente. O barril tipo WTI sobe 1,35%, cotado a US$ 57,84. O índice geral da Bloomberg sobe 0,26%, ajudado pelas outras commodities também, em especial metais preciosos.
A reunião do COPOM da quarta-feira mostrou um Copom com cenário de inflação mais baixo, com o IPCA convergindo para a meta de inflação de 2020 apenas com queda de juros prevista no Relatório Focus (até 5,75%). Entretanto, o Copom seguiu ressaltando o risco de reformas não serem aprovadas e praticamente condicionou a queda de juros à aprovação da reforma da Previdência. Dessa forma, o comunicado pode ser lido como ligeiramente hawkish. Os juros futuros curtos podem subir hoje, mas a parte longa deve recuar consideravelmente. O real, por sua vez, deve se valorizar diante do dólar, devido à perspectiva de juros curtos um pouco mais altos por um pouco mais de tempo. A bolsa deve subir, seguindo mais o cenário externo.