Hoje na Economia – 21/06/2023

Economia Internacional

No Reino Unido, os dados de inflação ao consumidor referentes a maio, que foram divulgados no overnight, vieram mais altos do que o esperado pelo mercado. A inflação ao consumidor avançou 0,7% M/M, excedendo a projeção mediana dos analistas de 0,5% M/M. Na comparação interanual, a inflação acumulada permaneceu em 8,7%. O núcleo de inflação registrou variação de 7,1% A/A em maio, acima do esperado pelo mercado e do dado anterior (6,8% A/A). A inflação ao produtor, por outro lado, variou -0,5% M/M, abaixo do esperado pelo mercado (-0,1% M/M) e compatível com uma desaceleração de 5,2% para 2,9% na comparação interanual, refletindo a desinflação de commodities e bens industriais.

Hoje a agenda de dados econômicos fica esvaziada, enquanto os mercados se atentam aos discursos de membros de bancos centrais desenvolvidos. Nos EUA, o Presidente do Fed, Jerome Powell, discursa na Câmara, além de Goolsbee que também tem discurso agendado. Schnabel e Nagel, do ECB, devem falar pela manhã.

Economia Nacional

Hoje, o destaque da agenda doméstica é a reunião do COPOM. A SulAmérica Investimentos espera manutenção da meta para a taxa Selic em 13,75% a.a., alinhada com o amplo consenso de mercado. No comunicado, o comitê deve manter o tom cauteloso e sem corroborar a visão de sinalização explícita de corte de juros já na próxima reunião, em agosto, ainda que faça ajustes na comunicação e retire o trecho que indicaria retomada do ciclo de altas. Avaliamos que a melhora no balanço de riscos e a redução das projeções de inflação do Banco Central são compatíveis com início de uma flexibilização monetária apenas em setembro.

No front político, os mercados seguem monitorando o noticiário associado à esfera fiscal.