Hoje na Economia – 22/01/2021

Hoje na Economia – 22/01/2021

Preocupações com a persistente disseminação do Covid-19 em várias partes do globo, levando ao fechamento de importantes regiões, se sobrepõem às notícias positivas sobre balanços corporativos e estímulos econômicos, alimentando a aversão ao risco, nesta manhã. Esses temores ganham maior dimensão diante de problemas para a obtenção de vacinas, diante de relatos sobre o aumento de tensões entre a Pfizer e BioNTech, parceiras na produção de uma das vacinas, e países da Europa, por causa de atrasos na entrega dos imunizantes.

Na Ásia, as bolsas da região fecharam majoritariamente em baixa. O índice regional MSCI Asia Pacific recuou 0,70% nesta sexta-feira. O otimismo com o início da vacinação em várias partes do mundo deu lugar a preocupações diante do salto de infecções na região, principalmente na China, onde a doença vinha sendo mantida sob controle. Além de programar a testagem de milhões de pessoas em Pequim, o governo vem pedindo à população que evite viajar durante o feriado do ano-novo lunar, em fevereiro. O índice Xangai Composto encerrou o pregão com baixa de 0,40%. Em Hong Kong, onde o governo local voltou a anunciar medidas de lockdown, o índice Hang Seng registrou recuo de 1,60%. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,44% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi registrou perda de 0,64%. O Taiex perdeu 0,83% em Taiwan. O dólar é negociado a 103,68 ienes, com ligeira valorização ante ao valor de 103, 52 ienes de ontem à tarde.

Nesse dia de menor apetite ao risco, o índice DXY do dólar operou em alta ao longo da madrugada, em meio à mínima do euro e da libra. No momento, o índice flutua em torno de 90,29 pontos. Da mesma forma, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua um ponto base, para 1,10% ao ano. Os principais índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, no momento: Dow Jones recua 0,51%; S&P cai 0,44%; Nasdaq desvaloriza 0,37%. Hoje o Senado norte-americano vota a nomeação de Janet Yellen para a Secretaria do Tesouro do governo de Joe Biden.

Na Europa, indicadores preliminares sobre a atividade econômica da região em janeiro vieram abaixo do esperado, ressaltando o maior enfraquecimento da economia devido à segunda onda de covid-19. Um cenário de “dupla queda” começa a ganhar forma na economia europeia. O índice dos gerentes de compras (PMI) composto, que engloba os setores industrial e de serviços, caiu de 49,1 em dezembro para 47,5 em janeiro, segundo dados preliminares divulgados pela IHS Markit. No momento, o índice STOXX600 tem queda de 0,96%. Em Londres, o FTSE100 perde 0,52%; O CAC40 recua 1,10% em Paris; em Frankfurt, o DAX desvaloriza 0,84%. O euro é negociado a US$ 1,2169, valorizando 0,05%.

Os contratos futuros de petróleo mostram quedas significativas nesta manhã, influenciados pelas restrições impostas pela China para coibir o avanço da pandemia no país, o que deve afetar a atividade econômica e a demanda pela commodity. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para março, é cotado a US$ 52,26, com queda de 1,62%, no momento.

No Brasil, diante de uma agenda econômica esvaziada, notícias sobre vacinas, com a chegada prevista do lote de dois milhões de doses da AstraZeneca da Índia e a reunião da Anvisa (15h) para autorizar o uso emergencial de 4,8 milhões de doses de Coronavac, devem movimentar os mercados. A Bovespa pode se descolar do mercado externo e mostrar alguma recuperação ante a queda de ontem. O dólar e os juros podem devolver parte das altas recentes, em movimentos de ajuste técnico.

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