Hoje na Economia – 22/07/2024
Cenário Internacional
Na China, o Banco Central chinês (PBoC) surpreendeu os mercados ao reduzir as taxas de empréstimos de 1 e 5 anos em 10 pb – para 3,85% e 3,35%, respectivamente. A ampla expectativa dos analistas apontava para manutenção dos juros.
Na Zona do Euro, os discursos de membros do ECB nesta madrugada tiveram tom mais hawkish, reforçando a mensagem de cautela. Kazimir sinalizou que a precificação atual de cortes de juros adicionais neste ano não é o cenário base do comitê, ainda que seja possível, enquanto Makhlouf reconheceu que o comitê deve permanecer vigilante às pressões inflacionárias.
Hoje a agenda global de dados não possui maiores destaques, contando apenas com a divulgação do Índice de Atividade Nacional de Fed de Chicago, que recuou de 0,23 para 0,05 em junho, superando a projeção mediana dos analistas de -0,09. No front político, os mercados repercutem o anúncio da desistência do candidato democrata, Joe Biden, da corrida presidencial nos EUA.
Cenário Brasil
No âmbito local, o Relatório Focus desta segunda-feira trouxe ligeira revisão altista do consenso para o IPCA deste ano, que subiu de 4,0% para 4,05%. As expectativas de inflação para 2025, 2026 e 2027 mantiveram-se estáveis em 3,90%, 3,60% e 3,50% – respectivamente. Na atividade, o crescimento esperado para o PIB deste ano também foi revisado levemente para cima – de 2,11% para 2,15%.
A agenda local também contará com a divulgação do Relatório Bimestral de Avaliação de Receitas e Despesas Primárias, que deve mostrar congelamento de gastos da ordem de R$ 15 bilhões, conforme anunciado pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, no final da última semana.