Hoje na Economia 22/09/2021
As principais bolsas internacionais operam em alta nesta manhã, ainda que sem muita convicção, operando entre margens estreitas. Os investidores cautelosos esperam pela decisão de política monetária do Fed, hoje às 15hs, enquanto acompanham os desdobramentos da crise de liquidez que atinge o gigante do setor imobiliário chinês, Evergrande.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única, predominando os temores com o setor imobiliário chinês e esperando pela decisão de política monetária do Fed. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific registrou queda de 0,7% no pregão de hoje. O índice Nikkei caiu 0,67% em Tóquio, pressionado por ações de empresas de trading. O Banco do Japão, em sua reunião nesta madrugada, manteve sua política ultra acomodatícia inalterada, como os analistas previam. Na China, os mercados voltaram a operar. O PBoC, Banco Central da China, manteve inalteradas as principais taxas de juros para empréstimos pelo 17º mês seguido, como se esperava. Por outro lado, o governo chinês agiu para impedir que eventual espiral de contágio surgisse na esteira da crise da Evergrande. O PBoC promoveu maciça injeção de liquidez no mercado financeiro, evitando a ocorrência de forte movimento de vendas nas bolsas. O índice Xangai Composto fechou o pregão com alta de 0,40%. Em Taiwan, ao voltar operar após o feriado de ontem, o índice Taiex registrou forte queda: -2,03%, na sessão de hoje. Hong Kong e Coreia do Sul não operaram por conta de feriado.
Na Europa, os mercados de ações sobem pelo segundo dia consecutivo, com a redução da temperatura da crise da imobiliária Evergrande, após as intervenções do governo chinês provendo liquidez ao mercado financeiro. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,69% no momento. Em Londres, o FTSE100 sobe 1,14%; o CAC40 registra ganho de 1,11% em Paris; em Frankfurt, o DAX avança 0,64%.
No mercado americano, é grande a expectativa em torno da decisão da reunião de política monetária do Fed, que será anunciada às 15hs. Boa parte do mercado não acredita que o anúncio formal de redução gradual de compra de ativos (tapering) ocorra neste encontro. Espera-se, no entanto, por algum sinal sobre o momento em que o tapering começará. Os juros das Treasuries operam estáveis, nesta manhã, com o yield do T-Note de 10 anos flutuando em torno de 1,32% ao ano. O índice DXY do dólar também opera estável nesta manhã, situando-se em 93,20 pontos. O euro se valoriza 0,05% ante ao dólar, sendo cotado a US$ 1,1732, enquanto a Libra é negociada a US$ 1,3632, desvalorizando 0,20%. A moeda japonesa deprecia 0,28%, nesta manhã, cotada a ¥ 109,54/US$. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,55%, no momento; S&P 500 avança 0,52%; Nasdaq valoriza 0,37%.
As commodities operam em alta. O índice geral de commodity da Bloomberg sobe 1,05%, com destaque para energia (0,16%) e agrícolas (0,22%). O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para novembro, é negociado a US$ 71,66/barril, com alta de 1,67%.
No mercado doméstico, destaque para a reunião do Copom, que deverá elevar a Selic para 6,25%, conforme o consenso do mercado. No comunicado, o comitê deve deixar em aberto a possibilidade de acelerar o ajuste caso o quadro inflacionário siga se deteriorando. No âmbito político, seguem no radar as negociações em torno dos precatórios, ao que tudo indica, acabará por deixar boa parte da dívida fora do teto dos gastos. A Bovespa deve manter a alta de ontem, acompanhando as bolsas americanas. Dólar e juros futuros devem oscilar entre margens estreitas à espera do Copom.