Hoje na Economia – 23/04/2020

Hoje na Economia – 23/04/2020

Mercados financeiros operam em ligeira alta pela manhã, com a recuperação dos preços de petróleo nos EUA ajudando a aversão ao risco a diminuir. Prévias dos índices de gerentes de compras (PMIs) estão sendo divulgadas ao redor do mundo, enquanto os mercados aguardam mais dados que refletem o estado da economia pós-Covid-19, como os pedidos semanais de seguro desemprego nos EUA que saem hoje.

Na Ásia a maior parte das bolsas fechou em alta. O índice MSCI Asia Pacific subiu 0,8%, com avanço de 1,52% no Nikkei225 do Japão e 0,98% no KOSPI da Coreia do Sul. A bolsa de Xangai, por sua vez, teve ligeira queda, de -0,19%. O iene está se valorizando diante do dólar, 0,11%, cotado a ¥/US$ 107,63. No Japão a prévia do PMI de manufatura de abril ficou apenas ligeiramente abaixo do mês anterior (43,7 contra 44,8), porém o PMI de serviços teve queda considerável (22,8 contra 33,8).

As bolsas europeias operam em sua maioria em alta. O índice pan-europeu STOXX600 avança 0,27%, com altas de 0,12% no FTSE100 de Londres, 0,48% no CAC40 de Paris, mas recuo leve de -0,01% no DAX de Frankfurt. O euro está se desvalorizando diante do dólar, -0,43%, cotado a US$/€ 1,0777. O Banco Central Europeu disse que aceitará títulos como colateral nas suas operações que tinham a classificação de grau de investimento em 7 de abril mas perderam-na depois, ajudando assim os países periféricos. O PMI da Zona do Euro veio abaixo do esperado em todas as categorias em abril: 33,6 para manufatura (expectativa 38,0), 11,7 para serviços (expectativa era 22,8) e 13,5 para composto (expectativa era 25,0). Na Alemanha os dados vieram um pouco acima disso, mas ainda bem abaixo das expectativas (manufatura 34,4, serviços 15,9, composto 17,1) e a confiança do consumidor também surpreendeu para baixo (-23,4 contra expectativa de -1,8).

No mercado americano, o índice futuro do S&P500 está operando perto da estabilidade, subindo 0,51% agora em relação ao fechamento de ontem, próximo dos 2800 pontos. Os juros futuros operam próximos da estabilidade, com o yield da Treasury de 2 anos recuando ligeiramente (de 0,22% para 0,21%), enquanto o da Treasury de 10 anos sobe ligeiramente (de 0,621% para 0,623%). O dólar está ganhando valor ligeiramente contra outras moedas, com o índice DXY subindo 0,17%. Hoje serão divulgados os pedidos semanais de seguro desemprego, com a expectativa de mais uma acomodação no fluxo semanal, de 5,2 milhões na semana passada para 4,5 milhões nessa. Também sairão as prévias dos PMis, que devem ter recuado entre 13 e 20 pontos em relação ao mês anterior, com a mediana de projeções para manufatura em 35 e serviços em 30. Também sairá o dado de atividade do Fed de Kansas City, que deve ter caído 20 pontos (de -17 para -37) e as vendas de casas novas devem ter tido queda de -15,8% em março.

Os contratos futuros do petróleo sobem hoje, seguindo o movimento de ontem, que foi iniciado pelas atitudes mais agressivas dos EUA no golfo pérsico. O preço do barril tipo WTI sobe 14,15% hoje, para US$ 15,72, enquanto o do tipo Brent sobe 9,67%, para US$ 22,33. O diferencial devido à falta de estocagem nos EUA segue sendo bem grande. Outros preços de commodities sobem hoje, com avanço de 1,20% no índice geral da Bloomberg e crescimento de 0,55% no preço de minério de ferro e 2,0% no do cobre.

No Brasil, hoje será divulgado o IPC-S da 3ª semana, que deve ter ficado em 0,20%, contra 0,34% da semana anterior. As notícias relativas à política indicam que parte do Congresso e o Planalto estão entrando em acordo para formar uma maioria parlamentar mais consistente, o que deve ajudar a diminuir a aversão ao risco no Brasil. A melhora nos mercados internacionais e nos preços de commodities deve fazer a bolsa subir e o Real se valorizar. Os juros futuros devem cair com essas notícias e a melhora no cenário político.

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