Hoje na Economia – 23/06/2021

Hoje na Economia – 23/06/2021

Os mercados iniciam os negócios, nesta quarta-feira, apresentando uma tendência mais favorável aos ativos de risco. A manifestação do presidente do Fed, Jerome Powell, ontem, tranquilizou os investidores ao adotar uma postura mais “dovish”, atenuando o discurso após o Fed/Fomc da semana passada, quando sinalizou para uma possível antecipação da elevação dos juros para 2023. Ontem, Powell descartou uma alta preventiva de juros, avaliando a inflação atual como fruto de desequilíbrio temporário entre demanda e oferta por conta da pandemia, reforçando que a economia ainda precisa contar com estímulos monetários.

A moeda americana opera em leve baixa frente às principais moedas, dando continuidade a trajetória de ontem após a visão mais dovish dada pelo presidente do Fed. O índice DYY do dólar situa-se em 91,71 pontos, recuando -0,05%, no momento. Os juros dos Treasuries operam em alta, revertendo o movimento de queda de ontem. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos sobe dois pontos base para 1,48% ao ano. Investidores acompanharão pronunciamentos de autoridades do Fed ao longo do dia, bem como a divulgação de indicadores de atividade econômica (PMI) dos EUA. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam com leve alta, no momento, sinalizando para a continuidade da alta vista nos últimos pregões. O futuro do índice Dow Jones sobe 0,11%; S&P 500 avança modestos 0,02%; Nasdaq opera próximo da estabilidade.

Tranquilizados pelo discurso mais dovish de Jerome Powell, as bolsas de ações da Ásia fecharam majoritariamente em alta. Em Hong Kong, o índice Hang Seng registrou ganho de 1,79%, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,38% em Seul e o Taiex teve alta de 1,53% em Taiwan. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,25%. No Japão, o Nikkei terminou o pregão com perda marginal de 0,03%. No mercado de moedas, o iene é negociado a ¥110,93/US$, desvalorizando 0,25%, nesta manhã.

Os índices preliminares dos gerentes de compras (PMI) de junho referentes à zona do euro, divulgados nesta manhã, mostraram que prosseguiu firme a retomada da atividade, principalmente para o setor de serviços, favorecido pelo avanço da vacinação, permitindo a abertura das economias. O PMI composto da zona do euro, englobando os setores da indústria e serviços, subiu de 57,1 em maio para 59,2 em junho, o maior nível desde junho de 2006, superando as projeções dos analistas. O euro reduziu suas perdas ante o dólar, sendo cotado a US$ 1,1937, com ligeiro recuo de 0,03%, no momento. No mercado de ações, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,38%. Em Londres, o FTSE100 tem perda marginal de 0,08%. Em Paris, o CAC40 cai 0,59%, enquanto o DAX tem queda de 0,63% em Frankfurt.

No mercado de commodities, o índice geral de commodity Bloomberg sobe 0,59%, com destaque para minério de ferro e cobre. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 73,42/barril, com alta de 0,77%, beneficiado pela queda nos estoques do produto nos EUA.

No mercado doméstico, em dia de agenda esvaziada, deve repercutir a aprovação pelo Senado da MP 1034/21, que trata sobre aumento da Contribuição sobre Lucro Líquido (CSLL) para os bancos. A MP segue para a Câmara, onde serão avaliadas as alterações efetuadas pelos senadores. O real poderá testar níveis abaixo de R$ 4,96/US$, diante da postura mais frouxa do Fed e o discurso mais duro do BC brasileiro. A curva de juros futuros acompanhará a evolução do dólar, devendo mostrar ligeiro viés de baixa após os ajustes de ontem. A Bovespa pode operar em alta acompanhando o bom humor das bolsas internacionais, nesta manhã.

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