Hoje na Economia – 23/09/2019
23/09/2019
Edição 2345
Indicadores de atividade econômica (PMIs) mais fracos divulgados na Europa reascendem as preocupações com o enfraquecimento da economia global. As incertezas sobre a disputa comercial entre Estados Unidos e China reforçam, também, a postura cautelosa dos investidores, nesta segunda-feira.
Na Europa, o índice de gerentes de compras (PMI) composto, englobando os setores industrial e de serviços, caiu de 51,9 em agosto para 50,4 em setembro, atingindo o menor nível desde 2013, segundo dados preliminares divulgados pela IHS Markit. Os analistas estimavam que o PMI composto situasse em 52. Na Alemanha, o PMI composto caiu de 51,7 em agosto para 49,1, o menor nível desde outubro de 2012. O euro perdeu força ante ao dólar após a divulgação dos PMIs da zona do euro. Neste momento, o euro é cotado a US$ 1,0980 ante US$ 1,1022 do final da tarde de sexta-feira. As bolsas europeias amanhecem mergulhadas no vermelho: índice STOXX600 recua 0,86%, no momento; em Londres o FTSE100 perde 0,66%; o CAC40 recua 0,95% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem perda de 1.15%.
Na Ásia, as bolsas fecharam em baixa em meio às incertezas que cercam as conversações comerciais entre americanos e chineses. Na China, o índice Composto caiu 0,98% em Xangai, enquanto em Hong Kong, o Hang Seng teve queda de 0,81%, após mais um fim de semana de manifestações populares. Em Taiwan, o Taiex registrou leve baixa de 0,10%; enquanto o sul-coreano Kospi ficou praticamente estável em Seul. O dólar é cotado a 107,44 ienes, contra 107,56 ienes do final de sexta-feira. No Japão, não houve negócios nesta segunda-feira devido a feriado nacional.
Fracos dados econômicos divulgados na zona do euro e incertezas na disputa comercial entre EUA e China alimentam a aversão ao risco, fortalecendo o dólar americano, nesta manhã. O índice DXY, que mede o valor do dólar frente a uma cesta de moedas fortes, subiu 0,29%, situando-se em 98,77 pontos, refletindo os recuos, principalmente do euro e da moeda inglesa. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recua 1,91% nesta manhã, situando-se em 1,6886% ao ano. No mercado de ações, os futuros dos principais índices da bolsa de Nova York apontam para uma abertura sem direcional claro. Nesta manhã, o futuro do Dow Jones recua 0,10%; do S&P 500 tem queda marginal de 0,02%; Nasdaq sobe 0,10%.
As preocupações com a saúde da economia global, após a divulgação dos fracos dados de atividade (PMIs) da zona do euro, derrubam as cotações dos contratos futuros de petróleo. O contrato futuro do produto tipo WTI para novembro é negociado a US$ 57,56/barril, com queda de 0,91%, nesta manhã.
Em dia de fraco apetite ao risco, com investidores preocupados com o enfraquecimento da economia global e incertezas sobre as conversações comerciais entre EUA e China, a Bovespa deve acompanhar o humor externo, enquanto espera pela votação em 1º turno da reforma da Previdência no Senado, prevista para amanhã. O mercado de juros deve caminhar de lado, enquanto investidores esperam pela divulgação da ata do Copom amanhã e do Relatório Trimestral de Inflação na quinta-feira, quando devem consolidar as apostas em queda da Selic abaixo de 5%, neste ano.