Hoje na Economia – 23/12/2019
A semana se inicia com pouco volume nas operações, devido à proximidade do final de ano.
Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única, com o índice MSCI Asia Pacific estável. Houve queda de -1,40% na bolsa de Xangai, que foi compensada pela alta em outros mercados, como 0,13% no Hang Seng de Hong Kong e 0,02% no índice Nikkei225 de Tóquio. O iene está se valorizando levemente contra o dólar, +0,05%, cotado a ¥/US$ 109,38, enquanto o yuan deprecia -0,06%, cotado a 7,0101. O governo chinês anunciou a redução nas tarifas de importação de diversos produtos, num movimento não relacionado diretamente com a guerra comercial com os EUA, mas afetando diversos itens importantes na pauta de importação (como carne de porco congelada, suco de laranja e componentes de smartphones).
Na Europa, as bolsas também operam sem direção única, mas próxima da estabilidade. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,02%, com avanço de 0,08% no FTSE100 de Londres, mas recuos de -0,01% no CAC40 de Paris e -0,08% no DAX de Frankfurt. O euro está se valorizando contra o dólar, 0,05%, cotado a US$/€ 1,1085, enquanto a libra se valoriza 0,10%, cotada a US$/£ 1,3012. O primeiro ministro britânico Boris Johnson anunciou a intenção de começar a votação sobre o Brexit hoje, na tentativa de passar a legislação antes de 31/jan/20.
No mercado americano, o índice futuro do S&P500 sobe ligeiramente, 0,08%. Os juros futuros estão recuando ligeiramente, com a Treasury de 10 anos a 1,89% a.a., contra 1,90% a.a. do fechamento de sexta-feira. O dólar, por sua vez, está perdendo valor contra as principais moedas, com o índice DXY recuando -0,06%. Os dados mais importantes da semana serão divulgados hoje, com o destaque sendo as encomendas de bens duráveis, referentes a novembro. A expectativa é que o núcleo (excluindo bens de transporte) mostre desaceleração em relação ao mês anterior, refletindo o menor ritmo de crescimento da atividade resultante da guerra comercial. O CFNAI (dado de atividade nacional do Fed de Chicago) também deve ser divulgado, junto com as vendas de casas novas.
Os preços das commodities globais operam majoritariamente em queda. Há recuo de -0,08% no índice de commodities da Bloomberg. O preço do petróleo cai -0,23%, cotado a US$ 60,30/barril, após um acordo entre a Arábia Saudita e Kuwait para retomar a produção de petróleo na fronteira entre os países.
No Brasil, hoje a agenda é bem vazia, com apenas a divulgação da balança comercial semanal. Os dados mais importantes sairão depois do Natal, com a divulgação do IGP-M, do desemprego e dos dados de crédito na sexta-feira. O volume de operações no Brasil deve ser pequeno, acompanhando os mercados globais, e com variação reduzida. A bolsa brasileira pode cair com o volume reduzido e as notícias envolvendo mais uma barragem de mineração em perigo. O real deve se valorizar ligeiramente contra o dólar, acompanhando a maioria das moedas ao redor do mundo. Os juros futuros, por sua vez, podem subir, em dia sem eventos novos, ainda refletindo a postura um pouco mais hawkish do Banco Central nas suas últimas comunicações.