Hoje na Economia – 24/02/2021

Hoje na Economia – 24/02/2021

Os principais mercados internacionais operam em direções distintas, sem um denominador comum. Investidores estão animados com os estímulos fiscais do governo americano, o que reforça as perspectivas de maior crescimento econômico e lucros corporativos crescentes. Ponderam, entretanto, se as atuais pressões inflacionárias, responsáveis pela alta dos juros das treasuries, são algo transitório como esperado pelo presidente do Fed, Jerome Powell. O Fed continuará mantendo os juros baixos e o seu programa de compra de bônus para sustentar a economia.

O dólar opera com queda moderada, nesta manhã. O índice DXY, que mede o valor da moeda americana frente a uma cesta de seis moedas fortes, recua 0,11%, situando-se em 90,07 pontos. Investidores aguardam o segundo depoimento do presidente Jerome Powell, hoje na Câmara dos Representantes. No mercado de treasuries, o T-Bond de 10 anos sobe um ponto base para 1,35% ao ano. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam com baixas moderadas: Dow Jones recua 0,08%; S&P 500 cai 0,03%; Nasdaq opera com ligeira alta de 0,04%.

Na Europa, as bolsas locais aos poucos vão se firmando no terreno positivo. Além de balanços corporativos que surpreenderam favoravelmente os analistas, ajuda também os números finais sobre o PIB da Alemanha, divulgados nesta manhã. O PIB alemão subiu 0,3% no 4º trimestre na comparação com o 3º trimestre, apesar das restrições adotadas para conter o avanço da pandemia de coronavírus. Em relação a igual período de 2019, a economia alemã sofreu contração de 3,7%. Com esses números, o PIB alemão fechou 2020 com queda de 4,9%. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, tem alta marginal de 0,11%. Em Londres, o FTSE100 recua 0,60%; o CAC40 oscila em torno da estabilidade em Paris, marcando agora variação de -0,06%. Em Frankfurt, o DAX se valoriza 0,45%. O euro é negociado a US$ 1,2170 com valorização de 0,16%, enquanto a libra inglesa vale US$ 1,4173, valorizando 0,43%.

Na Ásia, a maioria das bolsas de ações fechou em baixa, nesta quarta-feira. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific registrou perda de 1,8%, na sessão de hoje. Entre as quedas observadas, destaque para o índice Hang Seng que caiu 2,99% em Hong Kong. Essa queda foi reação à decisão do governo de impor tributação sobre as negociações de ações, pela primeira vez desde 1993. Na China, o índice Xangai Composto registrou baixa de 1,99%, enquanto o sul-coreano Kospi perdia 2,45% em Seul. No Japão, o índice Nikkei apurou perda de 1,60% em Tóquio. O iene desvaloriza 0,49% diante do dólar, cotado a ¥/US$ 105,77.

No mercado de petróleo, a notícia de que os estoques de petróleo bruto nos EUA aumentaram na última semana, segundo a American Petroleum Institute (API), ajuda a derrubar as cotações da commodity, nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para abril é negociado a US$ 61,36/barril, com queda de 0,52%, no momento.

No mercado interno, o IBGE divulga o IPCA-15 de fevereiro, que segundo a mediana das projeções do mercado deve mostrar inflação de 0,50% no mês e 4,59% em doze meses. A MP da Eletrobrás entregue ao Congresso ontem à tarde, num gesto simbólico de que o governo não abandonou sua agenda liberal, deve contribuir para um ambiente favorável aos ativos brasileiros, nesta manhã. A Bovespa deve abrir em alta, mas de olho nas bolsas americanas, enquanto o real pode se beneficiar do recuo global do dólar nesta manhã. Os DIs curtos devem ser influenciados pelo IPCA-15, enquanto os longos flutuarão ao sabor da evolução das treasuries.

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