Hoje na Economia – 24/02/2023

Hoje na Economia – 24/02/2023

Economia Internacional

Nos EUA, a 2ª leitura do PIB do 4º trimestre de 2022, que foi divulgada ontem, sofreu revisão baixista em comparação à divulgação anterior, de 2,9% T/T anualizado para 2,7%. A surpresa na revisão foi explicada pelo consumo das famílias, que também foi revisado para baixo, de 2,1% T/T anualizado para 1,4%. O deflator do PIB manteve-se estável em 3,5% T/T anualizado, enquanto o núcleo do deflator do consumo avançou de 3,9% para 4,3%. No todo, a divulgação de ontem mostrou panorama de atividade relativamente mais fraca na margem e inflação ainda em trajetória incompatível com a meta de 2%. Em relação aos dados dos Feds regionais, o índice de atividade nacional do Fed de Chicago recuperou-se em janeiro ao avançar de -0,49 para 0,23, acima do esperado pela mediana das projeções (-0,25). A alta se deu pela melhora nos componentes de produção e renda e de consumo, além da ampliação da contribuição positiva do componente de emprego. A sondagem industrial do Fed de Kansas City também surpreendeu para cima as expectativas dos analistas e subiu de -1 para 0, ante -2 esperado. Em termos de mercado de trabalho, os pedidos semanais de seguro-desemprego desaceleraram em relação ao dado anterior (192 mil ante 195 mil), na contramão do esperado pelo mercado (200 mil).

Na Alemanha, a leitura final do PIB do 4º trimestre foi revisada para baixo, registrando retração de -0,4% T/T ante -0,2% T/T da divulgação preliminar. Na comparação interanual, o PIB avançou 0,9%, abaixo da expectativa de 1,1%. O índice Gfk de confiança do consumidor para março manteve-se em terreno negativo (-30,5), em linha com o esperado.

No Japão, o novo governador do Banco do Japão (BoJ), Kazuo Ueda, foi sabatinado e indicou que pretende dar continuidade à política monetária corrente.

Para hoje, a agenda internacional tem como destaques novos dados dos EUA. Serão divulgados os dados de renda e gasto pessoais de janeiro, além da inflação medida pelo PCE, que deve mostrar alta de 0,5% M/M no índice cheio e 0,4% no núcleo. Também sai a leitura final da pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan, que deve mostrar estabilidade nas expectativas de inflação. Ao longo do dia, diversos membros do Fed devem discursar.

Economia Nacional

No âmbito local, a arrecadação federal referente ao mês de janeiro, divulgada ontem, ficou em R$ 251,7 bilhões, acima do esperado pela mediana das projeções de mercado (R$ 250 bilhões) e consistente com avanço de 1,14% em termos reais na comparação com o mesmo mês do ano anterior.

Hoje a agenda doméstica teve como destaque a divulgação, há pouco, do IPCA-15 de fevereiro, que variou 0,76% M/M, acima do esperado pela SulAmérica Investimentos (0,70% M/M) e pelo consenso de mercado (0,72% M/M). A surpresa altista no dado foi dispersa e se espalhou principalmente entre os grupos de Alimentação, que avançou 0,39% M/M, Habitação e Comunicação. Por outro lado, Educação e Serviços vieram em linha com o esperado. No todo, a leitura é de que o número corrobora o diagnóstico de desinflação, ainda que mais lento do que o esperado. Também saem as Notas do Setor Externo referentes a janeiro pelo Banco Central.

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