Hoje na Economia – 24/05/2021

Mercados financeiros iniciam semana sem direção única, com muitos operando próximo da estabilidade. A semana terá indicadores importantes nos EUA, mas que devem sair perto do final dela, como renda e consumo pessoal e deflator do consumo.

Na Ásia o índice regional MSCI Asia Pacific terminou o dia estável. Houve alta nas ações mais ligadas ao ciclo econômico e queda em ações ligadas a tecnologia, repetindo o que ocorreu nos EUA na sexta-feira. O índice Nikkei225 do Japão teve alta de 0,17%, a bolsa de Xangai de 0,31% e o SENSEX da Índia 0,22%. Por outro lado, houve quedas de -0,16% no Hang Seng de Hong Kong e -0,38% no KOSPI da Coreia do Sul. O iene está se valorizando diante do dólar, +0,06%, cotado a ¥/US$ 108,89.

Na Europa, as ações operam próximas da estabilidade também. O índice pan-europeu STOXX600 tem queda de -0,02%, mas com altas de 0,44% no FTSE100 de Londres e 0,16% no CAC40 de Paris. A bolsa da Alemanha não abre devido a feriado, que ocorre também na bolsa da Suíça. O euro está se valorizando diante do dólar, +0,28%, cotado a US$/€ 1,2214.

Nos EUA, os índices futuros de ações operam em alta no momento. Há avanços de 0,43% no Dow Jones, 0,50% no S&P500 e 0,65% no NASDAQ. O setor de tecnologia se beneficia de alta nas criptomoedas, após forte volatilidade durante o final de semana. O dólar está perdendo valor diante da maioria das moedas do mundo, com o índice DXY recuando -0,16%. Os juros futuros americanos estão caindo levemente, com o yield da Treasury de 10 anos recuando menos de 1 pb, para 1,61% a.a.. Hoje sai o dado de atividade nacional do Fed de Chicago, com expectativa de diminuição de 1,71 em março para 1,10 em abril. Na semana os dados mais importantes saem na quinta-feira (encomendas de bens duráveis) e na sexta-feira (renda e consumo pessoal). Quatro diretores do Fed falam hoje (Brainard, Mester, Bostic e George), com mais falas de membros até quarta-feira.

Os preços de commodities operam sem direção única. O índice geral da Bloomberg tem alta de 0,06%, mas devido ao maior peso que commodities de energia têm. O petróleo sobe 2,0%, com o barril tipo WTI negociado a US$ 64,85, devido a notícias de que o acordo entre Irã e outros países sobre sanções ainda deve demorar para ocorrer. Por outro lado, as commodities metálicas têm dia de forte queda após autoridades chinesas reforçarem que punirão especuladores e chamarem os principais produtores para uma reunião no domingo. Houve quedas de -1,66% no cobre, -2,09% no níquel e -5,70% no minério de ferro, nesse caso próximo do limite diário.

No Brasil, hoje sairão dados de IPC-S da 3ª semana (expectativa de aceleração de 0,45% para 0,64%) e INCC-M de maio (mediana de projeções apontando aceleração de 0,95% para 1,27%). Na semana os destaques são o IPCA-15 (terça-feira), o resultado fiscal de abril e taxa de desemprego de março (quarta-feira) e o IGP-M de maio e CAGED de abril (sexta-feira). Durante o final de semana foram divulgados rumores de que o governo federal pensa em estender o programa de auxílio emergencial, utilizando assim parte da melhora com arrecadação projetada para esse ano (na semana passada o Ministério da Economia melhorou a projeção de resultado primário em R$ 100 bi, de R$ -286 bi para R$ -187,7 bi) e do teto de gastos para o ano que vem (que deve subir em R$ 100 bi também) com gastos para tentar aumentar as chances de reeleição. A bolsa brasileira deve ter queda pequena hoje, seguindo preço de commodities importantes. O real deve se valorizar diante do dólar, por outro lado. Os juros futuros devem subir, com receio de que a política fiscal fique mais expansionista.