Hoje na Economia – 24/05/2023
Economia Internacional
Nos EUA, os dados de atividade divulgados ontem mostraram direções mistas. Houve surpresas altistas associadas ao setor de serviços, enquanto o setor industrial seguiu indicando fragilidade. A prévia do PMI de Serviços de maio ficou em 55,1, acima do esperado pelo mercado (52,5), ao passo que o PMI de Manufatura voltou para campo contracionista (48), ante expectativa mediana do mercado de estabilidade em 50. A sondagem industrial do Fed de Richmond também surpreendeu para baixo, com o dado de maio caindo de -10 para -15, ante -8 esperado. Por outro lado, o índice da sondagem de serviços do Fed da Filadélfia subiu de -22,8 para -16 em maio. As vendas de novas residências avançaram 4,1% M/M em abril, acima do esperado pelos analistas (-2,6% M/M).
No Reino Unido, a inflação ao consumidor registrou variação de 1,2% M/M em abril, acima do esperado pela mediana das projeções de mercado (0,7% M/M) e consistente com uma alta acumulada de 8,7% na comparação interanual. O núcleo de inflação também surpreendeu para cima ao mostrar avanço de 6,8% A/A, ante 6,2% esperado.
Na Alemanha, o índice IFO de clima de negócios caiu de 93,4 para 91,7 em maio, contra 93 esperado. A surpresa baixista no dado de maio foi explicada pelo componente de expectativas, que recuou para 88,6, de 92,2.
Hoje a agenda global tem como destaques a divulgação da ata da última reunião do FOMC e discursos de membros de bancos centrais desenvolvidos. Waller, do Fed, e Lagarde, do ECB, devem falar ao longo do dia. Os mercados seguem monitorando com preocupação as negociações sobre o teto da dívida americana, que têm se mostrado estagnadas na margem.
Economia Nacional
No âmbito local, com a agenda de dados econômicos esvaziada, os mercados repercutem a aprovação do relatório da nova regra fiscal, na Câmara dos Deputados, ontem, por 372 votos favoráveis contra 108 contrários. O parecer final do projeto sofreu alterações em relação ao apresentado anteriormente, que atuaram na direção de um endurecimento marginal da regra, com ligeiro destaque quanto ao limite de gastos para 2024. O crescimento real das despesas no ano que vem, antes fixado em 2.5%, seguirá vinculado à regra de crescimento de 70% das receitas reais e poderá ser acrescido caso haja incrementos nas estimativas de arrecadação. Agora, a expectativa é que o projeto siga para tramitação no Senado após a análise de destaques adicionais na sessão de hoje.