Hoje na Economia – 24/07/2019

Hoje na Economia – 24/07/2019

Edição 2302

24/07/2019

Investidores se retraem, nesta manhã. Evitam riscos em meio às incertezas sobre a evolução da política monetária dos grandes bancos centrais. Preferem esperar pelas reuniões do Banco Central Europeu (BCE) amanhã, e do Fed (na próxima semana), onde se espera por medidas adicionais de estímulo monetário.

Na Europa, predomina a busca por porto seguro, beneficiando os bônus soberanos europeus e dos EUA, enquanto o euro opera em baixa diante da moeda americana. Esse sentimento decorreu de resultados abaixo do esperado dos índices de gerentes de compras (PMIs) do setor industrial da França e da Alemanha, como também com a divulgação de um prejuízo bilionário do Deutsche Bank no segundo trimestre do ano. Após quedas mais significativas, bolsas de ações da região atenuaram as quedas, com a perspectiva de redução dos juros por parte do BCE, nesta quinta-feira. O índice pan-europeu de ações STOXX600 opera em baixa de 0,23%; em Londres o FTSE100 recua 0,86%; em Paris, o CAC40 perde 0,58%; o DAX, por sua vez, sobe 0,22% em Frankfurt. O euro é negociado a US$ 1,1138 de US$ 1,1153 de ontem à tarde.

No mercado americano, o T-Bond de 10 anos recua 1,26% nesta manhã, com a busca por segurança, colocando o juro do papel em 2,055% ao ano. O índice DXY, que mede o valor da moeda americana frente a uma cesta de moedas fortes, situa-se em 97,68 pontos, mantendo a valorização dos últimos dias. No mercado de ações, os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York acompanham a tendência ditada pelas bolsas europeias, operando no vermelho. O futuro do índice Dow Jones recua 0,22%, no momento; do S&P 500 perde 0,30%; Nasdaq desvaloriza 0,59%.

Na Ásia, as bolsas locais fecharam o pregão desta quarta-feira em alta, com investidores animados com as expectativas favoráveis quanto à retomada das negociações comerciais entre EUA e China, mas sem deixar de lado a ansiedade com a espera pelas decisões de política monetária do BCE e do Fed. Na China, o índice Xangai Composto fechou em alta de 0,80%, enquanto que o Hang Seng apurou ganho de 0,20% em Hong Kong. Em Tóquio, o índice Nikkei ganhou 0,41%. O dólar é negociado a 108,06 ienes de 108,23 ienes de ontem à tarde. A exceção ocorreu na bolsa de Seul, onde o índice Kospi recuou 0,91%, afetado por ações de tecnologia, prejudicadas pela notícia de que o Departamento de Justiça (DoJ) dos EUA investigará empresas de tecnologia.

Os contratos futuros de petróleo operam em alta impulsionados pelos baixos estoques americanos captados pela pesquisa da American Petroleum Institue (API), que poderão ser confirmados pelos dados oficiais do Departamento de Energia (DoE), que serão divulgados hoje. No momento, o contrato futuro do produto tipo WTI é cotado a US$ 57,01/barril, com alta de 0,44%.

No mercado doméstico, com a agenda de indicadores econômicos esvaziada, a Bovespa poderá abrir em baixa acompanhando o mau humor que toma conta das principais bolsas internacionais. Com baixo apetite ao risco, câmbio e juros futuros podem operar em alta. No âmbito político, na busca por boas notícias, o governo deverá anunciar às 16h a liberação do FGTS, que segundo estimativas oficiais, deverá injetar R$ 42 bilhões no consumo. Algo em torno de R$ 30 bilhões neste ano e o restante em 2020, segundo o ministro Paulo Guedes. Os saques serão limitados a R$ 500,00, o que deverá atenuar o impacto sobre atividade econômica, neste ano.

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