Hoje na Economia – 24/09/2020
Bolsas mundiais operam predominantemente em baixa pela manhã, com alguns índices futuros nos EUA se estabilizando, mas ainda sem muita convicção de uma recuperação. Receios quanto à desaceleração econômica nos EUA, sem acordo entre políticos em relação à continuação dos incentivos fiscais, e à uma segunda onda de Covid-19 que pode levar a novos lockdowns na Europa ainda permeiam o mercado.
Na Ásia, as bolsas locais fecharam o dia de em queda. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific caiu -1,6%, com recuos de -1,11% no Nikkei225 de Tóquio, -2,59% no KOSPI de Seul, -1,72% na bolsa de Xangai e -1,82% no Hang Seng de Hong Kong. O iene está se desvalorizando diante do dólar, -0,06%, cotado a ¥/US$ 105,45.
Na Europa a maior parte das bolsas opera em queda também. O índice pan-europeu STOXX600 cai -0,49%, com recuos de -0,50% no FTSE100 de Londres, -0,23% no CAc40 de Paris, porém alta de +0,07% no DAX de Frankfurt. Na Alemanha foi divulgado o índice de clima de negócios IFO referente a setembro, que melhorou em relação ao mês anterior (93,4 contra 92,5), mas ficou abaixo do esperado (93,8). O euro está se desvalorizando diante do dólar agora, -0,10%, cotado a US$/€ 1,1648.
No mercado americano, os índices futuros de bolsas operam perto da estabilidade. O Dow Jones sobe 0,13%, o S&P500 0,06% e o Nasdaq +0,49%. O dólar está ganhando valor das principais moedas de países desenvolvidos, porém o movimento diante de países em desenvolvimento é mais dúbio. O índice DXY sobe 0,06% no momento. Os juros futuros caem ligeiramente, com o yield da Treasury de 10 anos a 0,670% a.a., contra 0,673% a.a. ontem. Hoje serão divulgados dados de vendas de casas novas, que devem ter recuado -1,2% M/M em agosto, e o índice de atividade do Fed de Kansas City, que deve ter se estabilizado em 14. Os pedidos semanais de seguro desemprego devem ter apresentado leve recuo, de 860 mil para 840 mil. Hoje também o presidente do Fed, Jerome Powell, e o secretário do Tesouro, Steven Mnuchin, devem falar diante do Senado a partir das 11:00.
Os preços de commodities operam majoritariamente em queda no momento, com recuo de -0,72% no índice geral da Bloomberg. O preço do petróleo está praticamente estável, com o barril tipo WTI subindo 0,03%, cotado a US$ 39,94. O recuo ocorre principalmente nos metais preciosos, como ouro (-0,62%) e prata (-3,34%) e metais industriais (níquel -3,01%, cobre -2,59%).
No Brasil, hoje o Banco Central divulgará o Relatório Trimestral de Inflação, com projeções de inflação em cenários alternativos e para os próximos meses. O noticiário político segue repercutindo divergências entre o Executivo e aliados do Centrão de um lado e outros membros do Congresso do outro em relação ao apoio à criação de um imposto sobre transações digitais. O real hoje deve se valorizar levemente, após os fortes movimentos de depreciação dos últimos dias, com o ambiente global um pouco mais tranquilo. O Ibovespa deve se estabilizar no patamar baixo que chegou ontem, enquanto os juros futuros podem cair, reagindo à mensagem ainda predominantemente dovish do Banco Central nas suas comunicações, como o Relatório de Inflação.