Hoje na Economia – 24/09/2021

Hoje na Economia – 24/09/2021

A maior parte das bolsas de ações internacionais opera em baixa, nesta manhã. Não caracteriza propriamente um ambiente de aversão ao risco, mas movimentos de realização de lucros após as fortes altas recentes. Investidores, no entanto, continuam atentos ao desenrolar da crise de liquidez que envolve a empresa chinesa Evergrande.

Na Ásia, os negócios foram afetados pelas preocupações em torno do futuro da Evergrande e seus efeitos sobre os mercados em geral. Notícias veiculadas por jornais chineses informaram que autoridades na China orientaram governos locais a se preparar para um eventual colapso da Evergrande. Paira também a incerteza se uma subsidiária da empresa conseguiu pagar o juro sobre bônus que venceram ontem. Em Hong Kong, o índice Hang Seng caiu 1,30%, sendo que a ação da Evergrande amargou perda de 11,61%. Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,80%, enquanto o sul-coreano Kospi registrou perda marginal de 0,07% em Seul. A bolsa de Tóquio fechou em alta, com o Nikkei avançando 2,06%, na volta do feriado de ontem. Em Taiwan, o Taiex registrou valorização de 1,07%. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific terminou o dia com ganho de 0,50%. O iene é negociado a ¥110,38/US$, depreciando 0,05%, no momento.

O yield da maioria dos bônus internacionais registra alta nesta manhã, motivado pela expectativa de aproximação do aperto monetário nas principais economias do mundo. Os juros pagos pelos bônus do Reino Unido atingiram o maior nível desde março de 2020, com analistas apostando que o banco central inglês deve elevar os juros, no mais tardar, em novembro. No momento, o yield do papel de 10 anos do Reino Unido sobe dois pontos bases para 0,93% ao ano, enquanto o equivalente americano mantém-se estável em torno de 1,42% ao ano. O índice DXY do dólar tem alta marginal (0,07%), com valorizações sobre o euro, cotado a US$ 1,1735/€ e sobre a libra, cotada a US$ 1,3708/£, bem como diante da maioria das moedas emergentes. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa, sugerindo movimentos de realização de lucros que devem interromper a trajetória de ganhos dos dois últimos pregões. O futuro do Dow Jones recua 0,22%; S&P cai 0,33%; Nasdaq perde 0,45%. O destaque na agenda americana será a participação do presidente, Jerome Powell, que ao lado de outros membros do Fed, discutirá a retomada da economia após a pandemia, em evento às 11hs.

Na Europa, as principais bolsas da região também operam no vermelho. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, exibe queda de 0,67% nesta manhã, com destaque para a desvalorização dos papéis ligados ao consumo. Em Londres, o FTSE100 cai 0,20%; O CAC40 perde 0,77% em Paris; em Frankfurt, o DAX desvaloriza 0,66%.

Os contratos futuros de petróleo sobem pelo quarto pregão seguido diante da expectativa de possível aperto na oferta por parte dos grandes produtores. O contrato futuro do petróleo WTI, para novembro, é negociado a US$ 73,44/barril, com alta de 0,19%, nesta manhã.

Por aqui, a agenda prevê a divulgação pelo IBGE do IPCA-15 de setembro, a prévia da inflação oficial do mês. Segundo os analistas, o índice deve subir 1.03% no mês, acumulando alta de 9,93% em doze meses. Seria a maior taxa para setembro da série histórica. O Ibovespa deve abrir em baixa acompanhando os futuros das bolsas de Nova York. Os juros futuros curtos devem responder ao IPCA-15, que pode pôr em xeque a estratégia de aperto moderado do Copom, enquanto os vértices longos podem subir acompanhando a alta dos treasuries. O real, à semelhança de outras moedas emergentes nesta manhã, deve recuar ante ao dólar.

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