Hoje na Economia – 24/11/2022
Cenário Internacional
Nos EUA, os dados de atividade divulgados ontem mostraram panorama misto, mas ainda devem corroborar visão de expansão do PIB no 4º trimestre. As encomendas de bens duráveis subiram 1,0% M/M em outubro, acima do esperado pelo mercado (0,4% M/M), bem como as encomendas de bens de capital, que reverteram a variação negativa no mês anterior e subiram 0,7% M/M. As vendas de novas casas surpreenderam positivamente, indicando alta de 7,5% M/M em outubro, bastante superior à expectativa de queda de 5,5% M/M. A leitura final da pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan também veio acima do esperado (56,8 contra 55), com queda na expectativa de inflação para 1 ano à frente, de 5,1% para 4,9%. Por outro lado, as prévias dos PMIs de novembro vieram abaixo do esperado e permaneceram em campo contracionista, com serviços em 46,1 e manufaturas em 47,6. Em termos de política monetária, a ata do FOMC divulgada ontem não trouxe maiores destaques em relação à taxa terminal, que tende a permanecer entre 4,75% e 5,25%, em linha com os discursos de membros do Fed.
Na Alemanha, o índice IFO de clima de negócios referente a novembro veio acima do esperado (86,3 contra 85), puxado pelo componente de expectativas, que também superou a expectativa (80 ante 77) e avançou em relação ao dado anterior (75,6).
Hoje a agenda internacional de dados permanece esvaziada com o feriado de Ação de Graças nos EUA, à medida que os mercados devem operar com baixa liquidez.
Cenário Brasil
No âmbito local, o foco segue o front político e a indefinição em relação à apresentação do texto final da PEC da Transição, que deve ocorrer apenas na próxima semana.
Para hoje, o destaque da agenda foi a divulgação do IPCA-15 de novembro, que avançou 0,53% M/M, pouco abaixo do esperado pela mediana de mercado (0,55% M/M), desacelerando para 6,17% no acumulado em 12 meses. Mesmo com a ligeira surpresa positiva no headline, a leitura é de um número qualitativamente um pouco pior, devolvendo parte da melhora em serviços e refletindo o desafio da desinflação.