Hoje na Economia – 25/03/2022

Hoje na Economia – 25/03/2022

As principais bolsas internacionais operam com baixas moderadas, nesta manhã de sexta-feira. Os investidores avaliam as diversas declarações dadas por diferentes dirigentes do Fed ao longo da semana, que apontam para um intenso e acelerado aperto monetário nos EUA. Os desdobramentos da guerra na Ucrânia e a presença do presidente Joe Biden na Europa também são monitorados.

Na Ásia, a semana encerrou com a maior parte das bolsas locais contabilizando perdas. O índice MSCI Asia Pacific caiu 0,30% na sessão de hoje. Alibaba e Tencent registraram as maiores quedas. Fontes do governo americano afirmaram ser prematuro especular sobre possível acordo que permitiria manter as negociações de ações de empresas chinesas no mercado americano. Temor de novas exclusões de empresas aptas a serem negociadas nos EUA derrubaram as bolsas de Hong Kong e na China: o índice Hang Seng caiu 2,47%, enquanto o Xangai Composto perdeu 1,17%. No Japão, o índice Nikkei apurou ganho marginal de 0,14% em Tóquio, compondo oito pregões consecutivos de alta. O sul-coreano Kospi fechou estável em Seul, enquanto em Taiwan, o Taiex perdeu 0,20%.

As bolsas europeias operam sem direção única nesta sexta-feira, preponderando, no entanto, um viés negativo. O encontro do presidente Biden com líderes europeus, na busca de novas medidas para tentar isolar a Rússia, com a possibilidade, inclusive, de expulsá-la do G20, será o destaque do dia, podendo mexer com os movimentos dos mercados. Foi divulgado o índice Ifo de sentimento das empresas da Alemanha, que caiu mais do que o esperado, a 90,8 pontos em março. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, exibe alta discreta de 0,05%. Em Londres, o FTSE100 cai 0,08%; em Paris e em Frankfurt, o CAC40 e o DAX avançam 0,19% e 0,24%, respectivamente.

No mercado americano, parte chave da curva de yield se mostra “flat” ou invertida, alimentando o debate se o mercado de bonds não estaria sinalizando uma desaceleração forte da economia à frente ou mesmo uma recessão. Nesta sexta-feira, o T-Bond de 10 anos recua três pontos base, para 2,34% ao ano. O dólar recua frente às principais moedas, nesta manhã. O índice DXY do dólar encontra-se em 98,63 pontos, com queda de 0,16%. O euro valoriza 0,09%, cotado a US$ 1,1007/€, enquanto a libra é negociada a US$ 1,3174/£, depreciando 0,10%. Os índices futuros das bolsas de Nova York exibem quedas modestas, sugerindo uma abertura negativa para o mercado à vista. O índice futuro do Dow Jones recua 0,11%, no momento; o S&P 500 cai 0,07% e o Nasdaq perde 0,28%. Na agenda, a divulgação de dados econômicos, com destaque para o índice de sentimento do consumidor da Universidade de Michigan de março (projeção: 59,7), e novas manifestações de diferentes dirigentes do Fed.

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa, nesta sexta-feira. Os EUA e aliados consideram liberar mais petróleo de suas reservas para conter as pressões sobre os preços da commodity, em meio a guerra russo-ucraniana. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 109,97/barril, com queda de 2,11%.

Na agenda doméstica, o IBGE divulga o IPCA-15 de março, que deve exibir alta de 0,85% no mês e 10,69% em doze meses, segundo o consenso do mercado. O presidente do BCB deve voltar a se manifestar hoje, em videoconferência do BIS. Nesses últimos dias, as manifestações do BCB têm indicado a disposição de elevar a Selic só mais uma vez, o que tem favorecido a tendência de fechamento dos juros futuros. O real deve continuar se apreciando, enquanto o Ibovespa deve contrariar o exterior e sustentar trajetória de alta no pregão desta sexta-feira.

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