Hoje na Economia – 25/07/2019
Edição 2303
25/07/2019
Na agenda econômica, o destaque, hoje, é a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (8h45 de Brasília), seguida de coletiva de Mario Draghi (9h30), que poderá reduzir os juros básicos (senão hoje, em setembro), bem como anunciar a retomada próxima do programa de compra de ativos (QE) para estimular a economia da zona do euro.
Enquanto aguardam pela decisão de política monetária do BCE, bolsas europeias operam em alta, embaladas, também, pela possibilidade de retomada das conversações comerciais entre EUA e China, como pelos balanços corporativos que vem sendo divulgados. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra valorização de 0,29%. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,20%; o CAC40 avança 0,55% em Paris, enquanto o DAX tem alta discreta de 0,04% em Frankfurt. O euro opera em baixa ante ao dólar, após a divulgação do índice de sentimento das empresas da Alemanha, medido pelo instituto Ifo, que mostrou queda mais acentuada do que o projetado pelos analistas. O euro é cotado a US$ 1,1129, com queda de 0,10%, no momento.
Na Ásia, as bolsas da região fecharam no azul, o pregão desta quinta-feira. Contribuiu para isso, além do estímulo dado pela alta recorde das bolsas em Nova York ontem, a reaproximação de americanos e chineses, que devem voltar a se reunir na próxima semana em Xangai. O governo americano confirmou que uma delegação comandada pelo secretário do Tesouro americano, Steven Mnuchin, e pelo representante comercial americano, Robert Lighthizer, irá a Xangai nos dia 30 e 31 de julho para uma nova rodada de negociações comerciais com a equipe comandada pelo vice-primeiro-ministro, Liu He. O índice MSCI Asia Pacific fechou o dia com alta de 0,21%. Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,48%, fechando na máxima do dia. Em Hong Kong, o Hang Seng avançou 0,25%, enquanto o Nikkei da bolsa de Tóquio apurou ganho de 0,22%. Em Seul, o Kospi destoou, fechando o pregão com queda de 0,38%, afetado por novas tensões com a Coreia do Norte, que disparou dois misseis de curto alcance no mar.
No mercado americano, o comportamento dos futuros de ações da bolsa de Nova York aponta para uma abertura sem direcional definido. No momento, o índice futuro do Dow Jones registra valorização de 0,14%, enquanto do S&P 500 flutua em torno da estabilidade. O futuro do Nasdaq, por sua vez, recua 0,29%, com investidores preocupados com os resultados corporativos das empresas de tecnologia. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,028% ao ano, com queda de 0,68%, nesta manhã. O índice DXY situa-se em 97,76 pontos (+0,03%) refletindo altas moderadas do dólar diante das principais moedas.
No mercado de petróleo, os contratos futuros registram altas nesta manhã, recuperando-se das perdas da sessão anterior. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para setembro, é negociado a US$ 56,29/barril, com alta de 0,72%.
A Bovespa deve abrir o pregão de hoje repercutindo a divulgação do balanço do banco Bradesco, nesta manhã. Ventos “dovish” devem soprar da Europa, à medida que o BCE sinalize o afrouxamento da política monetária, bem como a possível retomada do QE europeu. Ambiente internacional propício a juros mais baixos deve reforçar apostas em um Copom retomando o ciclo de queda de juros, a partir da reunião da próxima semana.