Hoje na Economia 25/08/2017

Edição 1838

25/08/2017

Mercados de ações europeus operam em alta, enquanto as principais moedas – dólar e euro – operam sem direcional, com a atenção dos investidores voltada para importantes discursos que serão feitos mais tarde durante o simpósio anual do Fed em Jackson Hole. Commodities sobem, comandadas pela alta dos metais básicos e produtos agrícolas.

As 16hs deverá falar Mario Draghi, presidente do Banco Central Europeu (BCE), para o qual se espera por alguma sinalização sobre o momento em que começará desmontar o programa de estímulos monetários à região da moeda única. Deverá ser um discurso cauteloso, de olho no movimento de valorização do euro. No momento, o euro é negociado a US$ 1,1808, atingindo a máxima do dia (US$ 1,1801 na tarde de ontem). No mercado de ações, o índice STOXX600 opera em alta de 0,33%. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,32%; em Paris, o CAC40 ganha 0,24%; em Frankfurt, o DAX avança 0,34%.

Em relação ao discurso da presidente do Fed, Janet Yellen (às 11hs), acredita-se que deverá ser marcado por um tom "dovish", reforçando a estratégia gradual a ser adotada no processo de normalização da taxa de juros e da redução do balanço patrimonial do Fed. O yield da Treasury de 10 anos encontra-se em 2,197% ao ano, ligeiramente acima da taxa de 2,191% observada ontem à tarde. No momento, os futuros das principais bolsas de ações americanas operam de lado, porém com ligeiro viés positivo: Dow Jones +0,03%; S&P 500 +0,07%; Nasdaq +0,09%.

Na Ásia, bolsas de ações fecharam em alta generalizada nesta sexta-feira, lideradas pelas bolsas chinesas, ao mesmo tempo em que investidores esperam pelos pronunciamentos de Yellen e Draghi no Simpósio de Jackson Hole. Na China, o índice Xangai Composto subiu 1,83%, na maior alta desde 15 de agosto do ano passado, refletindo o bom desempenho das ações de bancos antes da temporada de divulgação de balanços do setor. Em Hong Kong, o índice Hang Seng fechou o dia com ganho de 1,20%. No Japão, o índice Nikkei da bolsa de Tóquio apurou valorização de 0,51%, ajudado pelo enfraquecimento do iene ante o dólar durante o pregão. No momento, o dólar sobe a 109,61 ienes, ante 109,52 de ontem à tarde.

No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 47,77/barril, com altas marginais enquanto se espera pelos impactos do furacão Harvey que se aproxima do Golfo do México, podendo afetar a produção petrolífera dos EUA.

Os mercados domésticos, que têm sido favorecidos pela abundante liquidez global, aguardarão o discurso de Janet Yellen, que deve manter o caráter dovish, contratando novas quedas para o dólar e favorecendo o fechamento dos juros, que contam com espaço diante das novas apostas sobre a Selic.