Hoje na Economia – 26/07/2019
Edição 2304
26/07/2019
Mercados operam sem direcional claro, movidos pela avaliação dos resultados corporativos divulgados ontem e por questões geopolíticas, enquanto se espera pela reunião de política monetária do Fed na próxima semana.
Na Ásia, as bolsas fecharam em sua maioria em baixa, enquanto investidores observam com preocupação a escalada das tensões comerciais entre Japão e Coreia do Sul. Também contribuíram para as perdas nas bolsas asiáticas sinais menos “dovish” do que o esperado por parte do Banco Central Europeu. Na bolsa de Seul, o índice Kospi caiu 0,40% no pregão desta sexta-feira, após notícias de que o Japão estuda retirar a Coreia do Sul da lista de parceiros comerciais mais favorecidos. Consequências da exigência sul-coreana de que o Japão pague uma compensação por práticas de trabalho forçado antes e durante a Segunda Guerra Mundial. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,45%. O dólar é negociado a 108,65 ienes, valor muito próximo ao observado ontem à tarde (108,66 ienes). Na China, o índice Xangai Composto subiu 0,24%, enquanto o Hang Seng teve queda de 0,69% em Hong Kong.
Na Europa, ainda se digere os sinais dados pelo Banco Central Europeu (BCE), afirmando que efetuará cortes nas taxas de juros futuramente, além de estudar o retorno do programa de compras líquidas de ativos. O argumento para maior afrouxamento monetário foi reforçado, nesta manhã, após o BCE divulgar pesquisa com analistas do mercado, que indicam menor pressão inflacionária neste e nos próximos dois anos. A pesquisa afetou o valor do euro, que recua ante ao dólar (-0,10%), sendo negociado a US$ 1,1136, no momento. No mercado de ações, o índice STOXX600 sobe 0,38%; em Londres, o FTSE100 avança 0,48%; o CAC40 tem alta de 0,51%; em Frankfurt, o DAX valoriza 0,41%.
No mercado americano, os investidores iniciam o dia digerindo os balanços divulgados ontem a noite (Intel; Google), enquanto se guarda pela divulgação da primeira estimativa do PIB do 2º trimestre. Segundo a mediana das projeções do mercado, a economia americana cresceu 1,8% no período, em termos anualizados, apresentando forte desaceleração em relação à expansão de 3,1%, observada nos primeiros três meses do ano. O yield da Treasury de 10 anos recua 0,68% nesta manhã, situando-se em 2,066% ao ano. No mercado de moedas, o dólar não apresenta tendência definida, como mostra o índice DXY, que se situa em 97,83 pontos, com alta de apenas 0,02%. No mercado de ações, os índices futuros apontam para uma abertura em alta. O índice futuro do Dow Jones sobe 0,30%; do S&P 500 opera com alta de 0,35%; Nasdaq sobe 0,46%.
Os contratos futuros de petróleo operam em alta nesta sexta-feira, por conta do aumento das tensões no Oriente Médio, aonde o Irã fez testes com mísseis balísticos de médio alcance. O petróleo tipo WTI, para setembro, é negociado a US$ 56,50/barril, com alta de 0,86%, no momento.
Na ausência de uma agenda doméstica forte para hoje, mercados locais devem acompanhar os ajuste no exterior, onde a divulgação do PIB americano do 2º trimestre deverá reforçar a percepção de enfraquecimento da maior economia do mundo e de que o Fed deverá promover um corte nos juros básicos na reunião do Fomc da próxima semana.