Hoje na Economia – 26/07/2021

Hoje na Economia – 26/07/2021

Os mercados iniciam a semana operando em forte baixa. Em um ambiente carregado de incertezas, marcado pelos temores sobre a disseminação da variante delta do coronavírus, os investidores se preparam para enfrentar uma bateria de eventos correlacionados, de olho no fôlego da retomada econômica, na persistência inflacionária e nas decisões de política monetária.

Nesta segunda-feira, o sentimento de cautela é acentuado pelas ações regulatórias adotadas pelo governo da China sobre os setores de tecnologia e educação, que resultaram em fortes quedas nas bolsas asiáticas. Os juros dos Treasuries recuam, nesta manhã, em linha com a busca por segurança. O yield do T-Bond de 10 anos caiu 4 pontos base para 1,23% ao ano. O índice DXY do dólar, que acompanha a moeda americana diante de uma cesta de moedas, recua 0,19%, no momento, para 92,73 pontos. Os futuros das bolsas e Nova York operam com fortes perdas na esteira das quedas das bolsas chinesas. O futuro do Dow Jones recua 0,59%; S&P 500 cai 0,40%; Nasdaq tem queda de 0,47%.

Na Ásia, as bolsas de ações fecharam em queda, devido às medidas regulatórias implementadas por Pequim, que restringiram regras para as companhias privadas de educação. Foi anunciado um amplo conjunto de medidas para as empresas de educação privadas, visando diminuir a carga de trabalho dos alunos e reformar um setor que afirma ter sido “sequestrado pelo capital”. O custo da reforma implica em algo em torno de US$ 100 bilhões, proibindo escolas que no currículo ensinam buscar o lucro e as empresas a abrir e atrair capital privado. Na bolsa chinesa, o índice Xangai Composto fechou com queda de 2,34%, enquanto o Hang Seng teve queda de 4,13% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi apurou perda de 0,91% em Seul. No Japão, o índice Nikkei subiu 1,04% em Tóquio, após dois pregões fechados por conta de feriado. O índice dos gerentes de compras (PMI) do Japão, divulgado ontem, caiu de 48,9 em junho para 47,7 em julho. O iene é cotado a ¥ 110,31/US$, valorizando 0,21%, no momento.

Na Europa, os mercados de ações operam em queda na esteira das perdas nos mercados chineses, além de repercutir a piora no sentimento das empresas da Alemanha, captada pela pesquisa Ifo. Segundo aquele instituto, o índice de confiança dos empresários alemães recuou de 101,8 em junho para 100,8 em julho, vindo abaixo das previsões dos analistas (102,5). O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,41%, no momento. Em Londres, o FTSE100 perde 0,35%; o CAC40 recua 0,53% em Paris; em Frankfurt; o DAX desvaloriza 0,60%. O euro é cotado a US$ 1,1793, valorizando 0,19% ante ao dólar.

As cotações do petróleo recuam nesta manhã, em linha com ambiente de maior cautela que prevalece nesta segunda-feira. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para setembro é negociado a US$ 71,46/barril, caindo 0,86%, no momento.

Diante de uma agenda doméstica fraca, os mercados brasileiros ficam sob a influência do quadro global, mas de olho nos ruídos políticos internos. A Bovespa deve abrir em queda, acompanhando os futuros das bolsas de Nova York, que operam em baixa na esteira das quedas ocorridas nas bolsas chinesas. O real pode se beneficiar da fraqueza global do dólar, nesta segunda-feira. Os DIs futuros curtos devem oscilar com base nas apostas para o Copom, após o IPCA-15 de julho assustar o mercado. Os vértices longos seguirão o comportamento das Treasuries, além dos ruídos políticos domésticos.

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