Hoje na Economia – 26/08/2019

Hoje na Economia – 26/08/2019

26/08/2019

Edição 2325

As preocupações com a guerra comercial entre EUA e China permanecem firmes no radar dos investidores. Comentários do presidente Donald Trump, durante a reunião do G7 nesta manhã, trazem certo alívio, ao sinalizar que EUA e China deverão retomar as negociações comerciais “em breve” e de “forma muito séria”.

Os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York, que vinham de lado durante a sessão asiática, passaram a operar em fortes altas. Neste momento, o contrato futuro do Dow Jones registra ganho de 1,10%; do S&P 500 avança 1,06%; Nasdaq tem alta de 1,50%. Os preços das Treasuries operam em alta também, levando o juro pago pelo T-Bond a recuar 5,81%, nesta manhã, colocando o yield em 1,446% ao ano. O dólar também se valoriza frente às principais moedas. O índice DXY situa-se em 97,95 pontos, com alta de 0,31%.

Na Europa, as preocupações com as ações protecionistas do governo americano impedem um desempenho mais positivo das bolsas da região. Ainda que os comentários de Trump sobre a possibilidade de retomar as conversas com a China ajudem a aliviar as tensões, as ameaças veladas de que pode impor tarifas aos carros da Alemanha pesam sobre o humor dos investidores europeus. Nesta manhã, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda marginal de -0,07%. Em Londres, o FTSE100 perde 0,47%; o CAC40 e o DAX sobem 0,43% e 0,16%, respectivamente, em Paris e Frankfurt. O euro é negociado a US$ 1,1113, abaixo do valor de US$ 1,1147 de sexta-feira à tarde.

Na Ásia, onde uma boa parte dos mercados já estava fechada por ocasião do último comentário de Donald Trump, as bolsas de ações encerraram o dia majoritariamente em baixa. Na China, o índice Xangai Composto fechou em queda de 1,17%, refletindo o acirramento das tensões comerciais na sexta-feira, quando o governo chinês anunciou tarifas sobre mais US$ 75 bilhões em produtos americanos. Horas depois, o presidente dos EUA respondeu que o governo americano iria elevar tarifas sobre o total das importações vindas da China. No mercado japonês, o Nikkei atingiu o menor nível em sete meses e meio, com queda de 2,17%. As ações do setor de eletrônicos e de corretoras foram as que mais sofreram em Tóquio. O dólar é negociado a 105,92 ienes nesta manhã, contra 105,41 ienes no final de sexta-feira. Em outras partes da Ásia, o Hang Seng caiu 1,91% em Hong Kong; o sul-coreano Kospi perdeu 1,64% em Seul; em Taiwan, o Taiex recuou 1,74%.

No mercado de commodities, o petróleo opera com alta modesta. O contrato futuro do produto tipo WTI, para outubro, é negociado a US$ 54,70/barril, com alta de 1,02%. A commodity reage positivamente às declarações de Trump sobre a retomada das conversações comerciais com a China, apagando as perdas observadas ao longo da madrugada.

A Bovespa deve abrir em alta, surfando a melhora observada nos futuros americanos e nas bolsas europeias após a sinalização de Trump sobre a retomada das conversações comerciais com a China. O dólar permanece forte frente às moedas emergentes, o que deve sustentar a taxa de câmbio em torno de R$ 4,05/US$, enquanto os juros longos devem oscilar dentro de margens estreitas, sem direcional claro.

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