Hoje na Economia – 26/08/2024
Cenário Internacional
Nos EUA, o discurso de Jerome Powell no Simpósio de Jackson Hole, na sexta-feira, teve tom percebido com mais dovish pelos mercados. Powell sinalizou que o Federal Reserve vê espaço para cortes de juros, mas que o ritmo de ajuste estará associado a uma postura de dependência dos dados e à evolução do cenário. Powell também reforçou que a autoridade monetária fará o que puder para manter o mercado de trabalho aquecido.
Nesta madrugada, foi divulgado o índice IFO de clima de negócios referente a agosto na Alemanha, que surpreendeu para cima a projeção mediana dos analistas (86,6 vs. 86,0) mas recuou em relação ao dado anterior (87,0). Na China, o Banco Central chinês (PBoC) manteve a taxa de empréstimos de 1 ano em 2,30%, em linha com a ampla expectativa do mercado.
Para hoje, a agenda internacional contempla a divulgação da leitura prévia das encomendas de bens duráveis de julho nos EUA, além da sondagem industrial do Fed de Dallas para agosto. No overnight, serão divulgados os lucros industriais de julho na China.
Cenário Brasil
No âmbito local, o Relatório Focus desta segunda-feira trouxe nova rodada de revisões altistas para a inflação. O consenso para o IPCA deste ano avançou de 4,22% para 4,25%, enquanto a expectativa para a inflação do ano que vem subiu 2 pb, para 3,93%. Para 2026 e 2027, as expectativas permaneceram estáveis em 3,6% e 3,5% – respectivamente. No front da atividade, o crescimento do PIB projetado para este ano foi revisado para cima, chegando a 2,43%, de 2,23% na última semana. No cenário de juros, a meta para a taxa Selic esperada ao final de 2026 foi revisada de 9,0% para 9,5%.
As Notas referentes ao Setor Externo, que também divulgadas nesta manhã pelo Banco Central, mostraram déficit em conta corrente de US$ 5,2 bilhões em julho, superior ao esperado pelo mercado (US$ 4,0 bilhões). No acumulado em 12 meses, o déficit subiu para US$ 34,8 bilhões, compatível com 1,56% do PIB.