Hoje na Economia – 26/09/2019
26/09/2019
Edição 2348
Mercados operam em leve alta hoje. Ontem o presidente dos EUA, Donald Trump, disse que um acordo comercial com a China está mais próximo e pode ocorrer no próximo mês. Ao mesmo tempo, oficiais chineses confirmaram que empresas de seu país devem comprar grandes quantidades de soja e porco dos EUA.
As bolsas asiáticas fecharam sem direção única, com o índice MSCI Ásia Pacífico subindo 0,3%. Houve alta de 0,13% no índice Nikkei225 do Japão, após o presidente dos EUA afirmar que um acordo comercial preliminar entre os dois países foi feito, retirando o espectro de alta de tarifas sobre importações de automóveis. O iene se aprecia 0,17% contra o dólar, cotado a 107,59. A bolsa de Xangai, por sua vez, caiu -0,89%, com realização de lucros dos investidores antes do longo feriado nacional que se inicia em 1º de outubro.
Na Europa, as bolsas operam em alta, reagindo à notícia de ontem da guerra comercial, que saiu após o fim do seu pregão. O índice pan-europeu STOXX600 sobe 0,67%, havendo altas também de 1,03% no FTSE100 de Londres, 0,70% no CAC40 de Paris, 0,45% no Dax de Frankfurt. O euro está se depreciando ligeiramente contra o dólar, -0,16%, cotado a 1,0926. Mais um membro do BCE anunciou sua saída no próximo mês, com 4 dos 6 membros do BCE não ligados a bancos centrais nacionais devendo ser alterados, inclusive o presidente (Draghi por Lagarde). A confiança do consumidor na Alemanha veio maior que as expectativas (9,9 contra 9,7).
Nos EUA, os índices futuros de bolsas operam em ligeira alta, com o S&P500 subindo 0,12%. Os juros futuros americanos estão caindo, cerca de 3 pbs na maior parte da cura, com a Treasury de 2 anos a 1,6735% a.a. e a de 10 anos a 1,7025% a.a.. O dólar está se valorizando contra boa parte das moedas desenvolvidas, com ganhos de 0,04% no índice DXY. Contra moedas emergentes há uma pequena desvalorização, próxima de zero.
No mercado de commodities, o índice de Commodity Bloomberg sobe 0,34%. O preço do petróleo tipo WTI sobe 0,12%, cotado a US$ 56,56/barril. A alta das commodities é quase generalizada, com avanços em agrícolas e metálicas.
No Brasil o Banco Central divulgou seu relatório trimestral de inflação. Houve revisão do PIB em relação ao último relatório, de junho, para cima em 2019 (de 0,8% para 0,9%), porém o crescimento esperado para 2020 é menor que a da média dos economistas no Focus (1,8% para o BC, contra mediana de 2,0% no Focus). As projeções mais detalhadas de inflação ainda mostram um cenário tranquilo para 2019, 2020 e 2021, com a inflação divergindo da meta apenas a partir de 2022 em todos os cenários. No RTI anterior a inflação já divergia a partir de 2021. O presidente do BC, Campos Neto, fará uma coletiva de imprensa a partir de 11:00 sobre o relatório de inflação. Os juros futuros devem recuar com esse cenário inflacionário mais benigno do BC, podendo mudar dependendo da ênfase que Campos Neto der ao movimento do câmbio desde a reunião do Copom, e como ele pode atrapalhar as projeções benignas de inflação. A bolsa brasileira deve subir ligeiramente, acompanhando o mercado internacional. O real, por sua vez, deve ser bastante sensível aos juros, podendo ter no máximo pequena apreciação contra o dólar.