Hoje na Economia – 26/04/2021

Hoje na Economia – 26/04/2021

Semana começa com investidores cautelosos, à espera de importantes dados e eventos que serão conhecidos nos EUA nos próximos dias, com potencial de mexer nos preços dos ativos. O destaque ficará para a reunião de política monetária do Fed (Fomc) na quarta-feira. Diante de sinais cada vez mais sólidos de fortalecimento da economia americana pode se esperar por alguma mudança no tom do comunicado e na coletiva de Jerome Powell. Ainda que reitere a intenção de manter os estímulos por ora, qualquer mudança percebida pelo mercado poderá impulsionar os yields dos treasuries e o dólar.

Nesta manhã, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos permanece oscilando ligeiramente abaixo de 1,60% ao ano, dando vida ao apetite ao risco para ativos em geral, inclusive dos emergentes. O índice DXY do dólar situa-se em 90,77pontos, recuando 0,09% no momento, caminhando para consolidar o menor patamar desde novembro. O euro é cotado a US$ 1,2104, subindo 0,06%; a libra vale US$ 1,3917, alta de 0,30%; a moeda japonesa é cotada a ¥ 107,69/US$, alta de 0,18%. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam sem direção única, nesta manhã, após os ganhos dos mercados à vista na sexta-feira. No momento, o futuro do Dow Jones opera perto da estabilidade; o S&P 500 registra queda de 0,09%; Nasdaq opera com queda de 0,15%.

As bolsas da Ásia fecharam mistas, onde as expectativas positivas em relação à recuperação mundial sustentaram a alta de alguns mercados, enquanto outros optaram pela realização de lucros. Na China, o índice Xangai Composto fechou em queda de 0,95%, resultado da realização de lucros em setores relacionados à siderurgia e energia renovável, após os fortes ganhos na semana passada. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,43%, pressionado por papéis de montadoras. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,36% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi avançou 0,99% em Seul. Em Taiwan, o Taiex valorizou 1,57%.

Na Europa, as bolsas operam sem direcional definido. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, mostra queda discreta de 0,02%. As altas das ações de mineradoras e viagens são compensadas pelas quedas nos setores de alimentação e tecnologia. Investidores também se acautelam diante de uma semana carregada de indicadores e de balanços corporativos. Em Londres, o FTSE100 opera em torno da estabilidade, sem definir uma direção, o mesmo podendo se dizer do índice DAX da bolsa de Frankfurt. Em Paris, o CAC40 sobe 0,30%.

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa, diante das preocupações com o avanço da covid-19 na Índia, comprometendo a demanda do terceiro maior importador mundial da commodity. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para junho, é negociado a US$ 61,05/barril, com queda de 1,75%, no momento.

No Brasil, os mercados devem continuar atentos ao ambiente externo e às questões políticas e fiscais internas. A Bovespa deve continuar flutuando em torno dos 120 mil pontos, sem força para alçar voos mais longos. A continuidade do alívio que colocou o dólar abaixo de R$ 5,50/US$ e contribuiu para fechamento dos juros futuros de prazos mais longos dependerá da manutenção de um ambiente externo favorável, o que será posto à prova com a agenda econômica dos EUA, nos próximos dias. Internamente, diante das preocupações com o início da CPI da Covid, a semana começa com a promessa do deputado Arthur Lira, presidente da Câmara dos Deputados, de agilizar a reforma tributária. Promete divulgar, no próximo dia 3 de maio, a versão inicial do texto que procurará consolidar as versões que  circulam na Câmara, no Senado e a do governo federal sobre mudanças no sistema tributário brasileiro.

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