Hoje na Economia – 27/03/2023

Hoje na Economia – 27/03/2023

Economia Internacional

Nos EUA, os dados de atividade divulgados na última sexta-feira mostraram panorama misto. Por um lado, as leituras preliminares dos Índices de Gerentes de Compras (PMIs) de março vieram mais fortes do que o esperado, em especial para o setor de serviços. O PMI de Manufatura subiu de 47,3 para 49,3, ante 47 esperado, enquanto o PMI de Serviços avançou de 50,3 para 53,8, superando a expectativa de estabilidade. Por outro lado, a divulgação prévia das encomendas de bens duráveis de fevereiro surpreendeu negativamente as projeções de mercado, ao indicar queda de 1,0% M/M, contra expectativa de alta de 0,2% M/M. O núcleo de encomendas também ficou abaixo do esperado (0,0% M/M vs. 0,2% M/M).

O noticiário associado ao setor bancário teve leitura positiva pelos mercados na margem com o anúncio de um acordo para a compra do Silicon Valley Bank (SVB) pelo First Citizens e com a divulgação de dados de empréstimos e depósitos na última semana que mostraram relativa normalização na margem.

Na Alemanha, o Índice IFO de Clima de Negócios referente a março veio acima do esperado pelo mercado (93,3 ante 91,0). A surpresa positiva no dado adveio tanto do componente de expectativas, que subiu de 88,4 para 91,2 (88,3 esperado), quanto do componente de situação atual, que ficou em 95,4 ante 94,1 esperado.

Na China, os lucros industriais caíram 22,9% A/A nos dois primeiros meses deste ano, refletindo uma recuperação mais lenta dos ganhos e da demanda no setor industrial após a reabertura econômica.

Para hoje a agenda global será menos movimentada. Nos EUA, sai o Índice de Atividade do Fed de Dallas referente a março, que deve ter permanecido em campo negativo. Membros do Fed e do ECB discursam ao longo do dia.

Economia Nacional

No âmbito local, o Relatório Focus desta segunda-feira trouxe ligeiras revisões altistas para a trajetória de inflação à frente. O consenso para o IPCA de 2023 caiu marginalmente, de 5,95% para 5,93%, enquanto a inflação esperada para 2024 foi revisada de 4,11% para 4,13% e, para 2025, subiu 10 pb, de 3,90% para 4,00%.

As notas do Setor Externo divulgadas pelo Banco Central relativas a fevereiro mostraram déficit em conta corrente inferior ao esperado pelo consenso de mercado (US$ -2,8 bilhões ante US$ -5,4 bilhões), levando o déficit acumulado em 12 meses para US$ 54,4 bilhões. O investimento estrangeiro direto, por outro lado, ficou abaixo do esperado no mês (US$ 6,5 bilhões contra US$ 10 bilhões).

Hoje o restante dos destaques da agenda doméstica conta com a divulgação do saldo semanal da balança comercial. No front político, os mercados seguem atentos a sinalizações quanto ao prazo de apresentação da nova regra fiscal.

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