Hoje na Economia – 27/04/2021

Mercados operam majoritariamente em ligeira baixa na terça-feira, com receios quanto a aumentos de casos de Covid-19 na Ásia e aguardando reunião do FOMC, que ocorre hoje e amanhã.

Na Ásia a maior parte das bolsas terminou o dia em queda. O índice regional MSCI Asia Pacific recuou -0,3%, com quedas de -0,46% no Nikkei225 do Japão, -0,04% no Hang Seng de Hong Kong e -0,07% no KOSPI de Seul. Por outro lado, a bolsa de Xangai subiu 0,04%. Receios quanto ao aumento de casos de Covid em diversos países asiáticos e medidas para combatê-los foram os responsáveis pela queda. O Banco do Japão manteve a política monetária inalterada no patamar bastante estimulativo atual, o que contribuiu para o iene se depreciar, -0,22%, cotado agora a ¥/US$ 108,22.

Na Europa, a maior parte das bolsas opera em queda. Há perdas de -0,17% no índice pan-europeu STOXX600, -0,19% no FTSE100 de Londres, -0,18% no CAC40 de Paris e -0,38% no DAX de Frankfurt. O euro está se desvalorizando diante do dólar, -0,06%, cotado a US$/€ 1,2079.

Nos EUA, os índices futuros de bolsas operam em ligeira alta, tendo diminuído a intensidade dela durante a manhã. Há avanços de 0,03% no Dow Jones, 0,07% no S&P500 e 0,12% no NASDAQ. Resultados de empresas são os grandes responsáveis pela alta, tendo vindo em maioria acima do esperado. Os juros futuros americanos sobem, mas bem menos que no passado, com o yield da Treasury de 10 anos a 1,58% a.a., um aumento de 1 pb. O dólar está ganhando valor, com o índice DXY subindo 0,13%. Hoje sairão dados de preços de casas, que devem ter subido cerca de 1% M/M, com o mercado ainda aquecido pela política monetária estimulativa. A confiança do consumidor do Conference Board deve ter avançando para o maior nível em um ano, 113 contra 109,7 do mês passado.

Os preços de commodities sobem de maneira forte, com perspectiva de maior demanda e problemas na oferta, em especial de agrícolas. O índice geral da Bloomberg sobe 1,03%, com avanços bem elevados em cobre (2,09%), soja (2,14%), milho (3,57%), trigo (3,62%) e minério de ferro (1,19%). Praticamente só o ouro se mantém estável. O petróleo tipo WTI sobe 0,69%, cotado a US$ 62,34/barril.

No Brasil, hoje saiu o INCC-M, que ficou abaixo do esperado (0,95% M/M contra mediana de expectativas de 1,26% M/M). Hoje também sairá o IPCA-15, que deve ter recuado de 0,93% M/M em março para 0,65% M/M em abril, segundo a mediana de projeções. Os ativos brasileiros devem se beneficiar do aumento de preços de commodities e menor tensão política. O real deve se valorizar e os juros futuros caírem, a depender do que ocorre com o IPCA-15. A bolsa deve se valorizar ligeiramente, com o ambiente global impedindo avanço geral muito grande, mas as empresas produtoras de commodities provavelmente tendo um bom dia.