Hoje na Economia – 27/05/2022

O ambiente financeiro internacional mostra-se moderadamente otimista, nesta sexta-feira. As principais bolsas de ações da Ásia e da Europa, bem como os futuros de Nova York, operam em alta. Os juros dos Treasuries flutuam perto da estabilidade, o dólar recua e o petróleo sobe.

O rendimento do T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,75% ao ano, no momento. Os investidores já colocaram nos preços a estratégia do Fed de promover duas altas de 50 pontos base nas próximas duas reuniões de política monetária, em seu objetivo de acelerar o controle da inflação. O dólar amplia queda frente às principais moedas. O índice DXY encontra-se em 101,66 pontos (-0,16%), acumulando queda de 3% ante ao pico atingido em 12 de maio. A moeda americana cai a 127,06 ienes, o euro valoriza 0,03%, cotado a US$ 1,0728/€, enquanto a libra sobe 0,14% para US$ 1,2618/£. A agenda de hoje contempla dados mensais de inflação medida pelo PCE, além de números de consumo, renda e confiança, que devem dar uma visão sobre o dinamismo da economia no segundo trimestre do ano. Os índices futuros das bolsas de Nova York exibem altas modestas nesta manhã, não mostrando muita segurança em sustentar uma trajetória de ganhos ao longo do dia. O índice futuro do Dow Jones tem alta moderada de 0,09%; o S&P 500 sobe 0,18% e o futuro do Nasdaq avança 0,31%, acompanhando o bom desempenho das ações de tecnologia nos mercados asiáticos.

Na Ásia, prevaleceu um ambiente de otimismo, que favoreceu as bolsas da região. O sentimento dos investidores foi impulsionado pelos bons resultados corporativos apresentados por empresas de tecnologia, como Alibaba e Baidu, contribuindo para reduzir os temores sobre o impacto econômico das medidas de lockdown adotadas na China para combater o covid-19. O índice MSCI Asia Pacific registrou alta de 1,6% no pregão de hoje, com destaque para as ações de consumo discricionário e tecnologia. Em Hong Kong, se beneficiando do avanço dos papéis de tecnologia, o índice Hang Seng subiu 2,89%, liderando a alta na região, enquanto na China, o índice Xangai Composto fechou com alta moderada de 0,23%. No Japão, o índice Nikkei avançou 0,66% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi teve alta de 0,98% em Seul e o Taiex valorizou 1,86% em Taiwan.

Na Europa, as bolsas operam em alta, acompanhando as trajetórias dos mercados da Ásia e futuros americanos. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra alta de 0,57%, nesta manhã. Em Londres, o FTSE100 tem recuo marginal de 0,07%; em Paris, o CAC40 avança 0,67% e em Frankfurt, o DAX valoriza 0,53%.

Os contratos futuros do petróleo operam em alta, com as cotações se aproximando dos maiores níveis dos últimos dois meses, refletindo a perspectiva de que a União Europeia imponha embargo ao petróleo russo e pela esperada maior demanda por combustíveis durante o verão nos EUA. O contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 114,62/barril, valorizando 0,49%, no momento.

Os investidores deverão aguardar os dados sobre inflação nos EUA para definir uma estratégia para hoje, diante de uma agenda econômica doméstica esvaziada. O Ibovespa deve acompanhar as bolsas de Nova York, que podem ser favorecidas diante de números favoráveis para a inflação americana. Neste caso, o real poderia ser beneficiado diante do dólar, permitindo certa acomodação da curva de juros futuros