Hoje na Economia – 27/11/2019
O dia começa embalado por boas notícias, envolvendo as negociações comerciais entre EUA e China, com boas perspectivas de que ambas as partes resolvam as suas desavenças comerciais. O presidente Donald Trump afirmou que Washington e Pequim estão próximos de fechar um acordo comercial preliminar. Contatos telefônicos entre autoridades de alto escalão de ambos os países, onde foram discutidos questões que ainda estavam pendentes, abrem espaço para finalizar a chamada “fase 1” do acordo.
Na Ásia, prevalece o apetite ao risco, levando a maioria das bolsas da região a fechar em alta. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific apurou ganho de 0,30% no dia de hoje. No Japão, o índice Nikkei subiu 0,28% em Tóquio, e o sul-coreano Kospi avançou 0,31% em Seul, enquanto o Hang Seng registrou modesta alta de 0,15% em Hong Kong. O Taiex se valorizou 0,61% em Taiwan. Na China, por sua vez, o dia foi de perda, reflexos dos efeitos negativos da guerra comercial, que estão afetando a lucratividade das empresas chinesas. O lucro de grandes empresas industriais sofreu queda anual de 9,9% em outubro, aprofundando a retração vista em setembro (-5,3%). O índice Xangai Composto caiu 0,23%, nesta quarta-feira.
Nos Estados Unidos, uma intensa agenda de indicadores econômicos deverá dar o tom para os negócios no dia de hoje. As vésperas do feriado do Dia de Ação de Graças, há uma concentração de indicadores envolvendo o PIB do 3º trimestre (projeção 1,9%); renda pessoal, consumo pessoal e inflação medida pelo PCE, todos referentes a outubro. Além disso, o Fed divulga à tarde o “Livro Bege”, trazendo uma avaliação atualizada das condições econômicas dos EUA. Neste momento, os futuros de ações das bolsas de Nova York apontam para mais um dia de alta, após os novos recordes atingidos no pregão de ontem. No momento, o futuro do Dow Jones sobe 0,14%; S&P 500 avança 0,17%; Nasdaq tem alta de 0,32%. O juro pago pelo T-Note de 10 anos encontra-se em 1,7397%, com discreta queda de 0,10%. O dólar sobe frente às principais moedas fortes captadas pelo índice DXY, que avança 0,10%, nesta manhã, situando-se em 98,35 pontos.
Na Europa, na ausência de dados econômicos relevantes, os investidores ficarão atentos aso indicadores que serão divulgados nos EUA, nas próximas horas, que tem o poder de mexer com os preços dos ativos, nesta quarta-feira. Neste momento, o índice pan-europeu de ações STOXX600 opera com alta de 0,43%. Em Londres, o FTSE100 sobe 0,47%; o CAC40 avança 0,26% em Paris; em Frankfurt, o DAX se valoriza 0,48%. No câmbio, o euro recua para US$ 1,1005 de US$ 1,1024 no fim da tarde de ontem; a libra segue a mesma direção, cotada a US$ 1,2863 ante US$ 1,2868 ontem.
As commodities operam em alta. O índice de commodity Bloomberg sobe 0,11%, nesta manhã. O contrato futuro do petróleo tipo WTI, para entrega em janeiro, avança 0,26%, cotado a US$ 58,56/barril.
No mercado brasileiro, as atenções estarão voltadas para intensa agenda de indicadores econômicos que será divulgada nos EUA, que deve determinar o direcional da Bovespa e de outros ativos. O dólar continuará no foco. Os indicadores a serem divulgados, que podem reforçar o dinamismo da economia americana, devem contribuir para um dólar globalmente mais forte. No mercado doméstico, no entanto, o Banco Central dá sinais de novas intervenções para limitar a alta da divisa.