Hoje na Economia – 28/04/2023

Hoje na Economia – 28/04/2023

Economia Internacional

Na Europa, o destaque no overnight foi a divulgação de dados que mostraram combinação de persistência inflacionária e crescimento mais baixo do que o esperado. O PIB da Zona do Euro teve expansão de 0,1% T/T no 1º trimestre deste ano, abaixo da mediana das projeções de mercado (0,2% T/T). Na comparação com o mesmo período do ano anterior, o crescimento foi de 1,3%. No front da inflação, o índice de preços ao consumidor na França surpreendeu para cima na prévia de abril (0,7% M/M vs. 0,5% M/M), enquanto houve aceleração da inflação na Espanha e, na Alemanha, a inflação também se manteve em patamar elevado.

No Japão, o Banco Central japonês (BoJ), na primeira reunião do novo governador Kazuo Ueda, manteve a taxa de juros em -0,10% e o intervalo de 50 pb para a taxa de 10 anos, conforme amplamente esperado pelos mercados, e sinalizou que deve promover revisão gradual da estratégia de política monetária nos próximos meses.

Nos EUA, os dados de inflação divulgados nesta manhã tiveram direções mistas. O Índice de Custo do Emprego (ECI) registrou alta de 1,2% T/T no 1º trimestre, acima do consenso de mercado e do dado anterior, ambos em 1,1% T/T. Por outro lado, a inflação medida pelo PCE desacelerou em março e veio em linha com o esperado, tanto no índice cheio (0,1% M/M) quanto no núcleo (0,3% M/M). Notícia positiva para o mercado de juros foi o arrefecimento marginal no núcleo de serviços que exclui o setor de housing, que avançou 0,2% M/M ante 0,3% M/M no mês anterior.

Economia Nacional

O CAGED de março, divulgado ontem, mostrou criação líquida de 195 mil postos de trabalho formais no mês, superando a expectativa mediana de mercado (90 mil). O dado sazonalmente ajustado foi de 345 mil, avançando em relação ao número de fevereiro (131 mil). A surpresa positiva no dado de março foi puxada pelo desempenho acima do esperado das admissões, que subiram 18,1% M/M com ajuste sazonal, e teve importante contribuição do setor de serviços.

O Resultado Primário do Governo Central referente a março, também divulgado ontem, surpreendeu negativamente ao registrar déficit superior ao esperado pelo mercado (- R$ 7,1 bilhões ante – R$ 2,0 bilhões).

Os dados de atividade divulgados nesta manhã mostraram resiliência superior à esperada. O IBC-Br avançou 3,32% M/M em março, acima da expectativa mediana do mercado (1,05% M/M) e consistente com alta de 2,76% na comparação interanual. Em termos do mercado de trabalho, a PNAD Contínua de março trouxe ligeiro aumento da taxa de desemprego, de 8,6% para 8,8%, mas inferior ao esperado (8,9%).

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