Hoje na Economia – 28/06/2022
– Cenário internacional:
Ontem, mais um dado de atividade surpreendeu positivamente nos EUA, contrabalanceando dados recentes que apontavam preocupante desaceleração já neste trimestre. As encomendas de bens duráveis exceto aeronaves cresceram 0,7% M/M em maio ante expectativa de avanço de 0,3% M/M e as encomendas de bens de capital tiveram alta de 0,5% M/M, também acima do esperado. O índice de atividade industrial do Fed de Dallas, em contrapartida, caiu em comparação com o dado anterior, mas a queda dos preços de matérias-primas e de produtos finais é positiva do ponto de vista inflacionário.
O saldo dos dados melhores que o esperado nos EUA, somado à perspectiva de que Pequim e Xangai devem relaxar as medidas restritivas de controle contra novos casos e voltar a reabrir, aliviaram os mercados globais ontem e permitiram que commodities como petróleo e minério de ferro subissem, a reboque da expectativa de reaquecimento da demanda.
Para hoje, a agenda econômica reserva a divulgação de mais dados nos EUA, incluindo os estoques no atacado, a sondagem industrial do Fed de Richmond e o índice de confiança do consumidor da Conference Board, que deve seguir apontando preocupação dos agentes com a inflação.
– Cenário Brasil:
São Paulo e Goiás foram os primeiros estados a aderir à redução do ICMS sobre combustíveis proposta no PLP 18, já sancionado pelo presidente Jair Bolsonaro. Estima-se que as medidas, somadas, reduzam em 40 pb a projeção do IPCA de 2022, e a expectativa é que outros estados também adotem a redução nos próximos dias e semanas.
A agenda econômica local segue esvaziada de novos dados relevantes no início desta semana, ao passo que o noticiário advindo do front político segue concentrando a atenção dos investidores. A apresentação do texto da PEC dos combustíveis pelo relator Sen. Fernando Bezerra, que estava prevista para ontem, foi reagendada para esta terça-feira.