Hoje na Economia – 28/07/2023

Hoje na Economia – 28/07/2023

Economia Internacional

No Japão, o Banco Central japonês (BoJ) manteve a taxa de juros em -0,10% e o intervalo de 50 pb para a taxa de 10 anos, conforme esperado pelos mercados. No entanto, o BoJ anunciou que deve flexibilizar a política de controle da curva de juros, de modo a elevar de 0,5% para 1,0% o teto das movimentações dos juros longos por meio da compra de títulos a esta taxa.

Os destaques da agenda internacional, hoje, foram dados de inflação nos EUA. O Índice de Custo do Emprego (ECI) registrou alta de 1,0% T/T no 2° trimestre deste ano, abaixo do esperado pelo consenso de mercado (1,1% T/T) e do dado anterior (1,2% T/T). A inflação medida pelo PCE variou 0,2% M/M em junho, em linha com a expectativa mediana dos analistas. O núcleo do PCE também veio em linha com o esperado (0,2% M/M) e desacelerou para 4,1% na comparação interanual. No todo, os dados divulgados nesta manhã seguem corroborando a percepção de descompressão inflacionária da economia americana.

Economia Nacional

O IGP-M registrou variação de -0,72% M/M em julho, em linha com a expectativa mediana do mercado e compatível com deflação acumulada nos últimos 12 meses de -7,72%. A variação negativa observada nos preços ao produtor seguiu perdendo tração neste mês (-1,05% M/M ante -2,73% M/M no dado anterior), refletindo a reaceleração nos preços de commodities, em especial na parte de bens industriais, como o minério de ferro. Os preços ao consumidor avançaram 0,11% M/M, puxados pela alta da gasolina. O INCC-M desacelerou para 0,06% M/M.

Os dados da PNAD Contínua referentes ao trimestre findo em junho, que também foram divulgados nesta manhã, mostraram queda da taxa de desemprego de 8,3% para 8,0%, nível inferior à expectativa mediana dos analistas, de 8,2%. A surpresa baixista no dado de junho segue corroborando a visão de um mercado de trabalho resiliente e aquecido, o que mantém o panorama para o processo de desinflação de serviços especialmente desafiador.

No front fiscal, o Resultado Primário do Governo Central Consolidado registrou déficit superior ao esperado pelo mercado (R$ -48,9 bilhões vs. R$ -44,7 bilhões), levando o déficit acumulado em 12 meses a R$ 24,3 bilhões. A dívida bruta em proporção do PIB manteve-se em 73,6%.

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