Hoje na Economia – 28/08/2019
28/08/2019
Edição 2327
Mercados operam sem referencial claro, nesta manhã. Não há notícias novas em relação às conversações comerciais entre EUA e China, ao mesmo tempo em que permanece o temor de uma recessão global após a inversão da curva de juros entre títulos públicos americanos de 2 e 10 anos, observada ontem.
Na Ásia, bolsas operaram sem direção única no pregão desta quarta-feira. Um misto de preocupações com a saúde da economia global e o desempenho positivo dos índices futuros das bolsas de Nova York durante a madrugada permeou os negócios na região. Em Tóquio, o índice Nikkei fechou com alta moderada de 0,11%, sustentado por ganhos de ações ligadas a consumo e setores farmacêutico e imobiliário. O dólar é negociado a 105,77 ienes, mantendo-se próximo ao patamar de ontem à tarde (105,78 ienes). Na China, o Xangai Composto registrou perda de 0,29%. O Hang Seng teve baixa de 0,19% em Hong Kong, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,86% em Seul e o Taiex avançou 0,45% em Taiwan.
No mercado americano, os índices futuros da bolsa de Nova York operam em alta marginal, nesta manhã, sinalizando para possível recuperação dos mercados acionários americanos à vista, que ontem fecharam em queda por conta do aumento das preocupações com uma eventual recessão. O futuro do índice Dow Jones opera com alta discreta de 0,08%, no momento. O futuro do S&P 500 sobe 0,16%, enquanto do Nasdaq registra valorização de 0,05%. O ambiente de maior aversão ao risco leva o juro pago pelo T-Bond de 10 anos para 1,462% ao ano, com queda de 0,57%, enquanto o índice DXY sobe 0,14%, mantendo-se perto dos picos recentes.
Na Europa, bolsas operam no vermelho, influenciadas pelos temores de que os EUA poderão enfrentar uma recessão à frente, conforme indicado pela inversão das curvas de juros. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, apura queda de 0,35%, no momento. Em Paris, o CAC40 recua 0,49%; o DAX registra baixa de 0,53% em Frankfurt. A bolsa de Londres cai 0,32%. O euro é negociado a US$ 1,1095 de US$ 1,1092 de ontem à tarde. Relatos de que aumentaram as chances de um Brexit não negociado derrubam a libra, que caía a US$ 1,2207 de US$ 1,2287 no fim da tarde de ontem.
No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI é cotado a US$ 55,72/barril, com alta de 1,44%. Esse desempenho reflete a queda expressiva ocorrida nos estoques da commodity nos EUA na semana passada, segundo relatório da American Petroleum Institute (API), divulgado ontem.
No mercado doméstico, os investidores devem continuar sensíveis à volatilidade dos mercados internacionais e atentos ao risco político e ao avanço da reforma da Previdência no Senado. O Banco Central deve marcar presença no mercado de câmbio. Deve realizar leilões de venda de dólares, swap reverso, swap tradicional e de linha, no esforço de impedir que a taxa de câmbio busque novo patamar acima de R$ 4,20/US$.