Hoje na Economia – 28/08/2023

Hoje na Economia – 28/08/2023

Cenário Internacional

Na sexta-feira, o destaque da agenda global foi o discurso de Jerome Powell no Simpósio de Jackson Hole, que teve tom percebido como ligeiramente hawkish pelos mercados. Powell adotou cautela ao comentar a melhora recente do quadro inflacionário, reafirmando a necessidade de esperar por dados positivos adicionais. O presidente do Fed também destacou o risco de uma reaceleração da atividade e da manutenção da taxa de desemprego no patamar atual, o que demandaria resposta da política monetária. Assim, a leitura é de que Powell não descarta nova alta de juros à frente caso a atividade siga mostrando resiliência. A divulgação preliminar da pesquisa de confiança do consumidor da Universidade de Michigan referente a agosto, também divulgada na sexta-feira, mostrou expectativas de inflação mais altas do que o esperado, refletindo a alta nos preços de combustíveis. A inflação esperada para 1 ano à frente foi para 3,5% (ante 3,3% esperado) e a de 5 a 10 anos, para 3,0% (ante 2,9% esperado).

Hoje a agenda internacional é pouco movimentada, e conta apenas com a divulgação do índice de atividade do Fed de Dallas de agosto. Membros do ECB (European Central Bank) devem falar, bem como Barr, do Fed.

Cenário Brasil

No âmbito local, o Relatório Focus desta segunda-feira não trouxe destaques em termos de revisões para os cenários de inflação e juros. O consenso para o IPCA de 2023 permaneceu em 4,90%, enquanto houve alta de 1 pb da inflação esperada para o ano que vem, que subiu de 3,86% para 3,87%. Para 2025 e 2026, as expectativas mantiveram-se em 3,50%.

As notas de operações de crédito referentes a julho, divulgadas pelo Banco Central nesta manhã, mostraram retração de 0,2% M/M no volume total de crédito no Sistema Financeiro Nacional (SFN), condizente com variação acumulada em 12 meses de 8,2%. As concessões nominais tiveram alta de 0,7% M/M na série com ajuste sazonal, e a inadimplência entre pessoas físicas caiu de 6,3% para 6,2%.

Para hoje, o restante da agenda doméstica de dados deve ser esvaziada, na medida em que os mercados voltam a monitorar o noticiário político.

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