Hoje na Economia – 28/09/2021

Hoje na Economia – 28/09/2021

As principais bolsas globais bem como os futuros de ações de Nova York operam em baixa, nesta terça-feira, enquanto os juros das treasuries sobem à medida que os investidores vão assimilando o momento em que os bancos centrais começarão a retirar os estímulos monetários. Prevalece também, no dia de hoje, um sentimento de aversão ao risco alimentado pela crise da empresa Evergrande, como também pela perspectiva crescente de menor crescimento na China.

No mercado americano, os juros da Treasury de 10 anos subiram 6 pontos base, para 1,55% ao ano, com os mercados precificando o início do tapering em novembro, após as declarações conservadoras (hawkish) dadas por diversos dirigentes do Fed no dia de ontem. O índice DXY do dólar opera em alta, nesta manhã, subindo 0,18%, situando-se em 93,55 pontos, ampliando os ganhos da sessão anterior. Hoje a agenda traz o depoimento do presidente do Fed, Jerome Powell, além de três outros membros do Fed, que deverão reforçar a intenção de iniciar a redução da compra de ativos nos próximos meses. À medida que os juros das treasuries sobem, os futuros das bolsas de Nova York operam em baixa: o índice futuro do Dow Jones recua 0,30%; S&P cai 0,65%; Nasdaq desvaloriza 1,19%. Na agenda econômica, o Conference Board divulga o índice de confiança do consumidor de setembro, que deve atingir 115 pontos (113,8 em agosto), refletindo avanços no mercado de trabalho.

Na Ásia, as bolsas não mostraram um direcional único, embora prevalecesse o sentimento de baixa liderada pela queda nas ações de tecnologia, impactadas pela alta dos juros dos treasuries, mais que compensando a valorização das ações de energia. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific apurou queda de 0,40% na sessão de hoje. Além da crise da Evergrande, pesou também sobre o humor dos investidores a perspectiva de menor crescimento para a economia da China, submetida a sucessivos choques de oferta. Em Hong Kong, o índice Hang Seng subiu 1,20%, contrapondo-se à tendência de queda da região, após o banco central da China afirmar que atuará para assegurar a segurança do mercado imobiliário, em meio à crise da Evergrande. Na China, o índice Xangai Composto fechou com alta de 0,54%. No Japão, o índice Nikkei caiu 0,19% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi recuou 1,14% em Seul e o Taiex apurou queda de 0,76% em Taiwan. No mercado de moeda, o iene desvaloriza 0,26%, cotado a ¥111,28/US$.

Na Europa, os mercados de ações operam majoritariamente no vermelho. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 1,06%, no momento. Investidores acompanham os desdobramentos das eleições parlamentares na Alemanha, vencidas pelos sociais democratas. Em Londres, o FTSE100 recua 0,31%; O CAC40 perde 1,16% em Paris; em Frankfurt, o DAX desvaloriza 0,72%. O euro é negociado a US$ 1,1682/€, depreciando 0,10%, enquanto a libra vale US$ 1,3667/£, perdendo 0,22%.

No mercado de petróleo, o contrato futuro do produto tipo WTI é negociado a US$ 76,26/barril, valorizando 1,07%, em meio à continuidade do aperto da oferta num momento em que a demanda cresce com o relaxamento de restrições motivadas pela pandemia.

Por aqui, atenção para a divulgação da ata do Copom, que, na semana passada, elevou a Selic para 6,25% ao ano. O documento deve trazer com maiores detalhes o balanço de riscos, que deve respaldar a preferência por alongar o ciclo do ajuste monetário do que acelerar o seu ritmo. A Bovespa deve abrir em queda acompanhando os futuros das bolsas de Nova York, enquanto o real deve se desvalorizar. Na curva de juros futuros, os vértices curtos ficam sujeitos aos sinais do BC na ata, enquanto os longos sobem acompanhando a alta dos treasuries.

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