Hoje na Economia – 28/10/2021

Hoje na Economia – 28/10/2021

Os resultados dos balanços empresariais que vêm sendo divulgados dão o tom aos negócios, nesta manhã, contrapondo com as preocupações de que o prolongamento da pandemia e inflação elevada reverta a retomada da economia global.

Na Ásia, as bolsas fecharam em queda pelo segundo pregão consecutivo. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific, apurou perda de 0,40%, com destaque para empresas do setor de tecnologia japonesa, que reportaram resultados abaixo do esperado. Entre os maiores perdedores nesta quinta-feira encontra-se o japonês Nikkei, que fechou a sessão com queda de 0,96% em Tóquio. O banco central japonês (BoJ), na sua reunião de hoje, manteve inalterada a sua política monetária. O presidente do BoJ declarou que o Japão não vivenciará uma aceleração da inflação como ocorre em outros países, dado que a recuperação da demanda japonesa evolui de forma muito lenta. Na China, as preocupações com o aumento das tensões entre China e EUA pesaram sobre os mercados. O índice Xangai Composto fechou com queda de 1,23%. Em Hong Kong, o Hang Seng caiu 0,28%, enquanto o sul-coreano Kospi registrou perda de 0,53%.

Na Europa, empresas do setor de energia, como a Royal Dutch Shell e Volkswagen, divulgaram resultados abaixo do esperado pelos analistas, azedando o humor dos investidores. O índice pan-europeu de ações STOXX600 flutua entre ganhos e perdas, mostrando perda de -0,07%, no momento. A AB INBEV e a Airbus também divulgam seus balanços, nesta quinta-feira. Em Londres, o índice FTSE100 recua 0,34%, enquanto em Frankfurt, o DAX cai 0,25%. Em sentido contrário, o CAC40 opera com alta de 0,12% em Paris. Hoje ocorre a reunião de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Não deverão ocorrer alterações na atual instância da política monetária, mas se espera que o BCE reitere a sua avaliação quanto ao caráter temporário da atual alta inflacionária na zona do euro.

No mercado americano, os juros pagos pelo T-Bond de 10 anos recuou para 1,55% ao ano, diante de crescentes preocupações com o crescimento da economia americana à medida que as pressões inflacionárias decorrentes dos gargalos na cadeia de suprimentos e escassez de energia obriguem o Fed a reverter os estímulos monetários. O índice DXY do dólar opera em leve alta, situando-se em 93,89 pontos (+0,09%, no momento), enquanto se espera pela divulgação da primeira leitura do PIB do 3º trimestre (consenso +2,6% anualizado, contra +6,7% no 2º trim.) e pela decisão de política monetária do BCE. No mercado de moedas, o euro é negociado a US$ 1,1591/€, depreciando 0,11%; a libra é negociada a US$ 1,3753/£, com valorização modesta de 0,06%. A moeda japonesa é negociada a 113,63¥/US$, ganhando 0,18%, no momento. Os índices futuros de ações das bolsas de Nova York operam em alta, à espera de mais balanços de grandes empresas americanas, incluindo Apple e Amazon. O futuro do Dow Jones registra alta de 0,11%; S&P 500 sobe 0,21%; Nasdaq avança 0,43%.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa nesta manhã, aprofundando as perdas de ontem, em função da elevação dos estoques da commodity nos EUA. O contrato futuro do petróleo tipo WTI para dezembro é cotado a US$ 82,16/barril, com queda de 0,64%, nesta manhã.

O mercado doméstico abre repercutindo a decisão do Copom que ontem elevou a Selic para 7,75% e sinalizou 9,25% para o final do ano, justificado por uma inflação persistentemente elevada e riscos fiscais ampliados pelo furo do teto de gastos. Hoje será divulgado o IGP-M de outubro que deve subir 0,30% no mês, acumulando alta de 21,3% em doze meses. No âmbito político, a Câmara dos Deputados não conseguiu votar a PEC dos precatórios na sessão de ontem. A votação da matéria foi transferida para a semana que vem.

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