Hoje na Economia 29/04/2019
Edição 2243
29/04/2019
Principais mercados acionários internacionais abrem esta segunda-feira sem direcional claro, prevalecendo viés de baixa. Em uma semana truncada por feriado, investidores mostram-se cautelosos diante de uma agenda econômica cheia, abarcando reunião do Fed/Fomc e diversos indicadores, como a payroll americana, que poderão aferir o vigor da economia mundial.
Na Ásia, bolsas fecharam em queda. Na China, em meio à alta volatilidade, mercados fecharam em baixa, devido à fraqueza dos papeis de tecnologia. Em Xangai, o índice Composto apurou perda de 0,77%. As negociações comerciais entre China e EUA seguem no radar. Haverá nova rodada de diálogo nesta semana, agora em território chinês, com sinalizações das autoridades de que um acordo estaria mais perto. Em Hong Kong, o índice Hang Seng teve alta de 0,97%; o sul-coreano Kospi avançou 1,70% em Seul, enquanto o Taiex fechou em baixa de 0,12% em Taiwan. No Japão, mercados permaneceram fechados por conta de feriado local. No mercado de câmbio, o dólar subiu para 111,71 ienes de 111,60 ienes do final de sexta-feira.
Na Europa, a maior parte das bolsas da região opera no vermelho, nesta manhã. Investidores aguardam uma semana movimentada, com vários balanços importantes, mesmo com o feriado que manterá, na quarta-feira, bolsas fechadas na Alemanha, França, Itália, Espanha e Portugal. Hoje, o mercado avalia o resultado da eleição na Espanha, vencida pelos Socialistas, mas sem uma vantagem suficiente para deixar claro como será o próximo governo e com risco de impasse político. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com queda de 0,34%. Em Londres, o FTSE100 perde 0,24%; o CAC40 recua 0,37% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem desvalorização de 0,35%. O euro é negociado a US$ 1,1162, subindo em relação a US$ 1,1149 de sexta-feira à tarde.
No mercado americano, o dia contempla importante agenda de indicadores econômicos, com força para mover os mercados de dólar e treasuries. Hoje serão divulgados a renda e gastos pessoais de março, indicadores importantes para se avaliar a força do consumo. Será conhecida também a inflação medida pelo deflator dos gastos pessoais (PCE), que em março deve ter subido 1,7% em bases anuais, enquanto o núcleo do PCE deve marcar inflação de 1,6% na mesma métrica de comparação. Os futuros dos principais índices de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura neutra. O futuro do Dow Jones sobe 0,02% no momento; o S&P 500 recua 0,03%; Nasdaq perde 0,02%. O yield pago pela Treasury de 10 anos encontra-se em 2,5036%, com alta de 0,54%, nesta manhã. O dólar opera com viés levemente negativo ante outras moedas (índice DXY recua 0,05%, no momento), mas sustenta patamar próximo à máxima em dois anos atingida na semana passada.
Os contratos futuros de petróleo operam em baixa, estendendo o recuo de sexta-feira, quando o presidente Donald Trump deu declaração pressionando a Opep a reduzir os preços da commodity. Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para junho, é negociado a US$ 62,55/barril, com queda de 1,20%.
No mercado de ações doméstico, os investidores, sem perder de vista os indicadores de consumo e inflação que serão divulgados nos EUA, acompanharão a divulgação de importantes balanços com destaque para Raia Drogasil; Multiplan; CCR; EcoRodovia; Movida. Câmbio e juros acompanharão o desempenho do dólar e das Treasuries para definir um direcional para hoje.