Hoje na Economia – 29/07/2019
Edição 2305
29/07/2019
Cautela dá o tom dos negócios nesta segunda-feira. Investidores têm pela frente uma semana carregada: reuniões de política monetária do Fed, do Banco da Inglaterra (BoE) e Banco do Japão (BoJ); retomada das conversações comerciais entre EUA e China; divulgação dos dados sobre o mercado de trabalho americano. Eventos que devem determinar muita volatilidade para os preços dos ativos no período.
As bolsas da Ásia fecharam majoritariamente em queda. Expectativas positivas cercam a retomada das conversações comerciais entre Washington e Pequim, mas que foram ofuscadas pelas preocupações com as manifestações populares em Hong Kong e com os fracos resultados divulgados pelas empresas sul-coreanas de tecnologia. O índice regional MSCI Asia Pacific fechou com queda de 0,50%. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,19%, refletindo a queda de empresas fabricantes de eletrônicos, como também do fortalecimento do iene diante do dólar. A moeda americana vale 108,62 ienes, contra 108,66 ienes no final da tarde de sexta-feira. Na bolsa de Seul, o Kospi caiu 1,78%, pressionado pelas ações de tecnologia e de montadoras. A possibilidade de o Japão aumentar as restrições às exportações de importantes insumos para a indústria de tecnologia sul-coreana impõem incertezas aos negócios. Na China, o índice Xangai Composto recuou 0,12%. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, cedeu 1,03%.
Na Europa, mercados de ações operam sem um denominador comum. Investidores em compasso de espera pelas reuniões de política monetária dos três grandes bancos centrais (Fed, BoE, BoJ), nesta semana. Nesta manhã, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera com alta de 0,17%, enquanto o FTSE100 subia 1,14% em Londres. Já o CAC40, perdia 0,15% em Paris, enquanto em Frankfurt, o DAX flutua em torno da estabilidade. O euro é cotado a US$ 1,1124, pouco abaixo do valor de US$ 1,1128 de sexta-feira à tarde.
No mercado americano, os principais contratos futuros de ações da bolsa de Nova York operam sem direcional claro. O foco está na reunião do Fed, quando se espera pelo anúncio de um corte de juros em 25 pontos-base na próxima quarta-feira. No momento, o índice futuro do Dow Jones registra alta modesta de 0,01%; o S&P 500 recua discreto -0,04%; Nasdaq tem perda de -0,06%. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos encontra-se em 2,0598% ao ano, recuando 0,51%, enquanto o dólar avançou frente às principais moedas, levando o índice DXY para 98,03 pontos, com alta de 0,10%, no momento.
Os contratos futuros de petróleo não mostram direcional definido, nesta manhã. Operam entre altos e baixos, com investidores aguardando por sinalizações sobre as negociações comerciais entre EUA e China. Uma melhora nas relações bilaterais poderia reduzir os temores do impacto negativo da guerra comercial na economia global. O contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 56,18/barril, com queda marginal de -0,04%, no momento.
Mercados domésticos devem acompanhar a tendência sinalizada pelas principais praças internacionais, operando sem um direcional claro. A Bovespa deve operar sem tendência clara, enquanto se espera pelas decisões de política monetária e pela retomada das conversações comerciais entre americanos e chineses. O dólar deve continuar sua tendência de alta frente ao real, refletindo a valorização global da moeda americana, enquanto a renda fixa operará à espera da reunião do Copom, na quarta-feira.