Hoje na Economia – 29/07/2020
As principais bolsas internacionais operam, nesta quarta-feira, sem um denominador comum. Investidores monitoram balanços de grandes empresas americanas (Boeing; GE; GM; entre outras), bem como grandes bancos europeus, buscando avaliar os impactos do ressurgimento de novas ondas de infecções por coronavírus sobre a atividade econômica global.
No mercado americano, enquanto se aguarda pela reunião de política monetária do Fed (Fomc), o dólar recua frente às principais moedas. O índice DXY recua 0,17% no momento, a 93,53 pontos, menor patamar em dois anos. Valorização das principais moedas ante ao dólar: euro +0,32% (US$ 1,1754); iene +0,18% (104,90 ienes/US$); libra 0,32% (US$ 1,2972). Também permanecem no radar as negociações no Congresso americano em torno do pacote de estímulos fiscais no valor de US$ 1,0 trilhão. No mercado de renda fixa, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos flutua em torno de 0,585% ao ano. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam com sinais mistos, dificultando a aposta quanto à abertura desta manhã. O índice futuro do Dow Jones tem queda discreta de -0,05%; o S&P 500 opera com alta moderada de 0,14%; Nasdaq sobe 0,24%, no momento.
Quanto à reunião do Fed, espera-se que diante do ambiente econômico de maior incerteza, ele reforce a postura dovish. Deve avaliar os riscos à recuperação e reforçar a disposição de ampliar os estímulos monetários se necessários.
Na Ásia, mercados operaram entre altos e baixos, nesta quinta feira. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific encerrou o dia com perda de 0,20%. Na China, as bolsas locais acumularam ganhos pelo terceiro pregão consecutivo, favorecidas por aumento do ingresso de capital estrangeiro. O índice Xangai Composto fechou com alta de 2,06%. O Hang Seng avançou 0,45% em Hong Kong. O sul-coreano Kospi se valorizou 0,27% em Seul. No Japão, o índice Nikkei apurou perda de 1,15% após a divulgação de balanços decepcionantes por várias grandes empresas locais. Em Taiwan, o Taiex também fechou em baixa, com queda de 0,36%, no pregão de hoje.
Na Europa, as bolsas abriram sem direção única. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, opera em torno da estabilidade no momento. Grandes bancos europeus reportaram resultados desapontadores, como as perdas históricas reportadas pelo Santander e o aumento no volume de provisões efetuado pelo Barclays superando as estimativas dos analistas. Em Londres, o índice FTSE100 opera com alta de 0,29%; o CAC40 avança 0,70% em Paris. Em Frankfurt, por sua vez, o DAX tem queda de 0,18%.
No mercado de commodities, o índice geral de commodity da Bloomberg registra alta de 0,49%, nesta manhã. O ouro é cotado a US$ 2000,00/onça, dando sinais de estabilidade após o rali dos últimos oito dias. No mercado de petróleo, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é negociado a US$ 41,44/barril, com alta de 1,0%.
No mercado doméstico, diante de uma agenda econômica esvaziada, os ativos locais devem acompanhar a tendência ditada pelo ambiente internacional A Bovespa deve abrir sem direcional claro, enquanto o dólar pode abrir em queda ante o real, enquanto se aguarda pela reunião de política monetária do Fed. A fraqueza do dólar deve contribuir para manter em baixa as taxas de juros futuros.