Hoje na Economia – 30/01/2020

Hoje na Economia – 30/01/2020

A aversão ao risco volta a predominar no dia de hoje, aumentando as preocupações com a disseminação do coronavírus na China, bem como em termos globais. A Organização Mundial de Saúde (OMS) fará nesta quinta-feira uma reunião de emergência para decidir se declara o surto de coronavírus como emergência global de saúde pública. Investidores começam a rever para baixo as projeções de crescimento para a economia chinesa e para a economia mundial deste ano.

Na Ásia, mercados fecharam com quedas significativas. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific fechou o pregão de hoje com queda de 1,8%. O índice Nikkei caiu 1,72% em Tóquio, pressionado por ações ligadas a bens de consumo e fabricantes de máquinas. O Hang Seng recuou 2,62%, acumulando queda de 5,0% nos últimos dois dias. Na Coreia do Sul, o índice Kospi teve queda de 1,71% em Seul, enquanto o Taiex sofreu um tombo de 5,75% em Taiwan, na volta do feriado. No mercado de moedas, o dólar é negociado a 108,92 ienes, recuando ante o valor de 109,03 ienes de ontem à tarde. A moeda chinesa, o Yuan, foi cotada acima de 7,0 yuans/dólar pela primeira vez neste ano.

Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa e os juros dos Treasuries também recuam, refletindo o aumento da procura por segurança, à medida que a epidemia de coronavírus continua fazendo mais vítimas na China e se espalhando para outros países. Os investidores também estão de olho na agenda econômica, que prevê a divulgação do PIB americano do 4º trimestre, que deve ter se expandido 2,0% no período (2,1% no 3º Trim) segundo as projeções do mercado. Acompanham, também, a divulgação dos balanços trimestrais de grandes empresas como Verizon, Coca-Cola, Amazon e Visa. No momento, o juro pago pelo T-Bond de 10 anos situa-se em 1,5684%, com queda de 0,98%. O índice futuro do Dow Jones recua 0,73%; S&P 500 tem queda de 0,66%; Nasdaq perde 0,59%.

As bolsas europeias mergulham no vermelho, nesta manhã, acompanhando os temores causados pela disseminação do coronavírus que derruba os futuros de ações americanos e impôs pesadas perdas aos mercados asiáticos no dia de hoje. A divulgação de importantes balanços corporativos, como Deutsche Bank, Shell e Unilever também mexem com as bolsas. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, cai 0,74%; em Londres, o FTSE100 perde 0,77%; o CAC40 recua 1,29% em Paris; em Frankfurt, o DAX tem queda de 1,0%. O euro é negociado a US$ 1,1013, permanecendo próximo ao valor de ontem à tarde (US$ 1,1012).

Os futuros do petróleo operam em forte baixa nesta manhã, em linha com ambiente pouco propício aos ativos de risco, como as commodities. O contrato futuro de petróleo tipo WTI para março é negociado a US$ 52,41/barril, com queda de 1,74%.

O baixo apetite por risco que se observa nos mercados internacionais deve pesar sobre a Bovespa, podendo impedir que volte a operar acima dos 116 mil pontos. Com temores de que a economia chinesa deverá sucumbir diante da disseminação do coronavírus, derrubando ativos emergentes em geral, dificilmente haverá espaço para alguma reação. A forte queda dos futuros americanos nesta manhã, a desvalorização da moeda chinesa e o recuo dos preços das commodities e do petróleo compõem um quadro desfavorável para a Bovespa, nesta quinta-feira.

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