Hoje na Economia – 30/03/2023

Economia Internacional

Com a agenda global de dados menos movimentada, os mercados apresentam recuperação, a reboque do noticiário e dos riscos associados à crise bancária mais construtivos na margem, levando a uma descompressão do sentimento de aversão a risco dos investidores.

Na Zona do Euro, o indicador de confiança econômica referente a março ficou ligeiramente abaixo do esperado (99,3 ante 100), puxado pela queda no componente de confiança no setor industrial, de 0,4 para -0,2. O componente de confiança no setor de serviços manteve-se em campo positivo (9,4).

Hoje a agenda internacional conta com a divulgação da leitura preliminar da inflação ao consumidor de março na Alemanha, e dos pedidos semanais de seguro-desemprego e da revisão final do PIB do 4º trimestre nos EUA.

Economia Nacional

No âmbito local, o CAGED divulgado ontem mostrou criação líquida de 241 mil postos de trabalho formais em fevereiro (122 mil com ajuste sazonal), acima do esperado pela mediana de mercado (170 mil) e acelerando em relação ao dado anterior (83 mil). A surpresa positiva em fevereiro e a continuidade do saldo positivo seguem corroborando resiliência do mercado de trabalho no curto prazo.

O IGP-M de março registrou variação de 0,05% M/M em março, abaixo da esperada pelo consenso de mercado (0,14% M/M), de modo que a inflação acumulada em 12 meses desacelerou de 1,86% para 0,17% – menor patamar desde fevereiro de 2018. A abertura do número mostrou queda de 0,12% M/M nos preços ao produtor, na esteira do arrefecimento dos preços de bens industriais. Os preços ao consumidor avançaram 0,66% M/M, pressionados pela alta de 6,52% da gasolina. O INCC-M teve variação de 0,18% M/M na margem.

O Relatório Trimestral de Inflação, divulgado nesta manhã pelo Banco Central, manteve o tom lido como mais hawkish da última reunião do COPOM ao seguir sinalizando que a autoridade monetária “não hesitará em retomar o ciclo de ajuste” caso necessário. O Relatório também trouxe revisão altista na projeção de inflação de 2025, de 2,8% para 3,2%, nível acima da meta de 3,0%. Os boxes deram ênfase às revisões dos modelos macroeconométricos que compõem o sistema de análise e de projeções do Banco Central.

Para hoje, ainda, a agenda doméstica tem como destaques a divulgação da produção industrial referente a janeiro e a apresentação do novo arcabouço fiscal pelo Ministério da Fazenda, em entrevista coletiva agendada para às 10h30.