Hoje na Economia – 30/07/2019

Hoje na Economia – 30/07/2019

Edição 2306

30/07/2019

Mercados operam sem direcional único nesta manhã de terça-feira, de olho na retomada das conversações comerciais entre EUA e China, bem como à espera da decisão de política monetária do Fed, que será anunciada amanhã.

Na Ásia, mercados fecharam em alta, impulsionados por um misto de balanços locais e fatores externos, com destaque para o conflito comercial sino-americano e a reunião do Fed. Houve também o anúncio do Banco do Japão (BoJ), que manteve as diretrizes de sua política monetária inalteradas, mas sinalizou para um afrouxamento adicional caso a inflação não mostre reação, podendo levar as taxas de juros ainda mais para o território negativo. Em meio, também, a divulgação de balanços corporativos favoráveis de empresas de eletrônicos, o índice Nikkei fechou com alta de 0,43%. O dólar é cotado a 108,52 ienes de 108,83 ienes de ontem à tarde. Na Coreia do Sul, após quatro pregões consecutivos em queda, o índice Kospi apurou valorização de 0,45%, com investidores em busca de pechinchas. Em Hong Kong, o índice Hang Seng avançou 0,14%, enquanto o índice Composto de Xangai subiu 0,39%.

Na Europa, as bolsas abriram o dia operando no vermelho, com investidores digerindo os balanços corporativos divulgados, ao mesmo tempo em que, cautelosos, aguardam a evolução das conversações entre americanos e chineses e a decisão do Fed, amanhã. O índice pan-europeu de ações mostra queda de 0,74%, no momento. Em Paris, o CAC40 recua 0,63%, enquanto em Frankfurt, o DAX perde 1,21%. A possibilidade de se ter um Brexit sem negociação levou a libra para o menor patamar dos últimos dois anos. No momento, o dólar é negociado a US$ 1,2186 contra US$ 1,2217 do final da segunda-feira. A desvalorização da moeda inglesa favoreceu o mercado de ações, levando a operar descolado dos seus pares europeus. No momento, o índice FTSE100 sobe 0,05%.

No mercado americano, o rendimento da Treasury mantém a queda de ontem, enquanto se aguarda pela decisão do Fed, que, provavelmente, promoverá corte de 25 pontos-base na taxa básica de juros. O yield da T-note de 2 anos caía a 1,837% (-0,86%), nesta manhã, e o da T-note de 10 anos baixava a 2,052% (-0,68%). Os futuros de ações da bolsa de Nova York apontam para uma abertura em baixa. O índice futuro do Dow Jones perde 0,27%; do S&P 500 recua 0,33%; Nasdaq tem queda de 0,48%. Serão conhecidos os gastos pessoais e renda pessoal de junho, que devem ter subido 0,30% e 0,40%, respectivamente, em bases mensais, segundo as estimativas do mercado. O deflator dos gastos pessoais (PCE) deve ter mostrado inflação anual de 1,50% em junho, enquanto o seu núcleo (Core PCE) avançou 1,70%, também na comparação anual.

No mercado de commodities, o índice Geral de Commodity Bloomberg sobe 0,26%, sendo um dos destaques, o petróleo. O contrato futuro do tipo WTI, para entrega em setembro, sobe 0,86%, no momento, sendo negociado a US$ 57,36/barril, maior cotação em duas semanas.

O mercado brasileiro deve abrir refém das tendências ditadas no exterior. Aqui, como lá, investidores atuarão cautelosos, à espera pelas decisões de política monetária nos EUA e no Brasil, na quarta-feira. Hoje será divulgado o IGP-M de julho, que deve mostrar inflação de 0,53% no mês, segundo as estimativas do mercado. Em doze meses, deve subir 6,56%.

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