Hoje na Economia – 30/07/2021

Hoje na Economia – 30/07/2021

Os principais mercados internacionais exibem quedas significativas nesta manhã, em mais um dia em que a aversão ao risco toma conta dos negócios. Decepção com o crescimento econômico americano, temores quanto à ofensiva regulatória do governo da China e preocupação com a variante delta do coronavírus colocam os investidores na defensiva. Os fracos resultados apresentados pelos balanços das grandes empresas de tecnologia também contribuem para as quedas nas bolsas, nesta sexta-feira.

Na Ásia, a maioria das bolsas fechou no vermelho. O índice regional de ações, MSCI Asia Pacific registrou perda de 1,2%, na sessão de hoje. Na China, o índice Xangai Composto caiu 0,42%, enquanto o Hang Seng recuou 1,35% em Hong Kong. Em mais um desdobramento da ofensiva regulatória de Pequim, a empresa de tecnologia e transporte privado Didi Global considera fechar o capital para apaziguar as autoridades chinesas e compensar os investidores pelas perdas registradas desde que a companhia foi listada na bolsa de Nova York no final de junho. Em outras partes da Ásia, o sul-coreano Kospi fechou o dia com queda de 1,24% em Seul, enquanto o japonês Nikkei caiu 1,80% em Tóquio, em meio à expectativa de que o governo japonês estenda o estado de emergência para conter a piora da pandemia.

As bolsas da Europa operam majoritariamente em queda, acompanhando a tendência negativa que prevaleceu nos mercados asiáticos. As primeiras leituras sobre os PIBs da região, que vieram melhores do que o esperado pelos analistas, não foram suficientes para reverter o quadro pouco propício ao risco que prevalece nesta manhã. O PIB da zona do euro cresceu 2,0% T/T no 2º trimestre (previsão 1,5%); enquanto a inflação ao consumidor (CPI) subiu para 2,2% na comparação anual de julho (projeção: 2,0% a/a) e a taxa de desemprego ficou em 7,7% em junho, contra previsão de 7,9%. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600 registra queda de 0,51%. Em Londres, o FTSE100 perde 0,74%; o CAC40 recua 0,11% em Paris; em Frankfurt, o DAX desvaloriza 0,81%.

No mercado americano, os juros dos Treasuries recuam em meio ao sentimento de cautela que predomina no exterior. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos recuou três pontos base para 1,24% ao ano. O índice DXY do dólar recua 0,06% no momento, para 91,81 pontos. O euro é cotado a US$ 1,1905, valorizando 0,15%; a libra vale US$ 1,3980 (+0,16%) e o iene é negociado a ¥109,56/US$ com queda marginal de 0,08%. Os índices futuros das principais bolsas de Nova York operam no vermelho: o futuro do Dow Jones cai 0,30%; S&P 500 perde 0,67%; Nasdaq recua 1,14%, refletindo os fracos balanços das grandes empresas de tecnologia. Na agenda, serão divulgados os dados sobre renda e consumo pessoal de junho, bem como a inflação medida pelo deflator dos gastos de consumo (PCE), também de junho, que deve mostrar alta de 4,0% a/a para o PCE e 3,7% para o núcleo do PCE.

Os contratos futuros de petróleo operam em baixa em dia de menor apetite ao risco. O contrato futuro do petróleo WTI, para setembro, é negociado a US$ 73,21/barril, com queda de 0,62%, no momento.

Na agenda doméstica, o IBGE divulga a taxa de desemprego, apurada pela pesquisa PNAD contínua, que no trimestre terminado em maio deve ter ficado em 14,5% (14,7% em abril). Será divulgado também o resultado fiscal consolidado do setor público, que deve mostrar déficit de R$ 70,1 bilhões em junho, segundo as projeções do mercado. Neste dia de maior aversão ao risco, a Bovespa deve abrir em queda; o real pode se valorizar diante da fraqueza global do dólar e os juros futuros operarem com baixas moderadas.

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