Hoje na Economia – 30/09/2019

30/09/2019

Edição 2350

Mercados abrem os negócios, nesta segunda-feira, sem direcional claro. Dúvidas sobe a capacidade de os EUA e China superarem suas divergências comerciais empurram os investidores para a defensiva. As expectativas é que os dois países retomem as negociações comerciais no próximo dia 10, poucos dias após o feriado chinês de uma semana que começa amanhã. Mas o ambiente continua nebuloso. Na sexta-feira surgiram notícias de que a Casa Branca pretende restringir investimentos americanos na China. Um novo lance no âmbito da guerra comercial, agora com os americanos pressionando na esfera financeira.

Na China, indicador divulgado nesta madrugada mostrou melhora na atividade industrial local. O índice de gerentes de compras (PMI) manufatura da China subiu de 50,4 em agosto para 51,4 em setembro. Apesar da boa notícia, o dado não fez mercado. O índice Xangai Composto encerrou o dia de hoje com queda de 0,92%, apesar de declarações de autoridades governamentais de que a China manterá o processo de abertura de seu mercado de capitais, buscando atrair o investidor estrangeiro. O Hang Seng fechou em alta de 0,53% em Hong Kong. No Japão, o índice Nikkei recuou 0,56% em Tóquio, enquanto o sul-coreano Kospi teve alta de 0,64% em Seul. O dólar é negociado a 107,97 ienes, pouco acima do valor de 107,92 ienes do final de sexta-feira.

Na Europa foram divulgados diversos indicadores de atividade de várias regiões, mostrando sinais distintos. A taxa de desemprego da zona do euro caiu de 7,5% em julho para 7,4% em agosto, atingindo o menor nível desde maio de 2008. O PIB do Reino Unido encolheu 0,2% no 2º trimestre na margem, confirmando a estimativa preliminar. Na Alemanha, as vendas ao varejo subiram 3,2% em agosto, na comparação anual e avançaram 0,5% em relação a julho. No mercado de ações, as bolsas da região operam com resultados díspares. O índice STOXX600 sobe discretos 0,15%; em Londres, o FTSE100 recua 0,07%; em Paris, o CAC40 avança 0,27%; em Frankfurt, o DAX tem alta de 0,22%. O euro é negociado a US$ 1,0923 contra US$ 1,0947 de sexta-feira à tarde.

Nos EUA, os índices futuros das bolsas de ações de Nova York operam em alta: Dow Jones sobe 0,32%; S&P 500 avança 0,40%; Nasdaq tem valorização de 0,55%. Os juros futuros americanos estão subindo, com a Treasury de 2 anos a 1,6457% a.a. e a de 10 anos a 1,6974% a.a.. O dólar está se valorizando ligeiramente, com ganhos de 0,10% no índice DXY.

Os contratos futuros do petróleo operam em baixa, nesta segunda-feira, ampliando as perdas registradas na semana passada. O barril de petróleo WTI para novembro recua 1,23%, negociado a US$ 55,23, nesta manhã.

Para os ativos brasileiros, atuam favoravelmente os bons dados de atividade divulgados na China nesta segunda-feira, vésperas do feriado Golden Week, que fecha os mercados chineses por uma semana. Logo após os feriados, EUA e China retomam as conversações sobre o acordo comercial. No âmbito político doméstico, atenção para o Senado, onde amanhã está prevista a votação da PEC da Previdência. Para o dia de hoje, os mercados devem operar sem tendência clara, acompanhando os movimentos ditados pelos ativos americanos.