Hoje na Economia – 30/12/2021
Mercados financeiros globais operam em sua maioria em alta no último pregão do ano, com pouca liquidez, ignorando a alta de casos de Covid-19 ao redor do mundo após mais e mais evidências apontarem para a menor severidade da variante Ômicron.
Na Ásia, as bolsas fecharam em queda, com o índice MSCI Asia Pacific recuando -0,3%. Houve quedas de -0,40% no Nikkei225 de Tóquio e -0,52% no KOSPI de Seul. Por outro lado, houve altas de 0,11% no Hang Seng de Hong Kong e 0,62% a bolsa de Xangai. O iene está se desvalorizando contra o dólar, -0,17%, cotado a ¥/US$ 115,14.
Na Europa as bolsas operam sem direção única. O índice pan-europeu STOXX600 avança 0,15%, com alta de 0,16% no CAC40 de Paris. Por outro lado, há quedas de -0,06% no FTSE100 de Londres e -0,06% no DAX de Frankfurt. O euro está se depreciando diante do dólar, -0,30%, cotado a US$/€ 1,1315.
Nos EUA, os índices futuros de ações operam em ligeira alta, atingindo nova máxima. Há alta de 0,02% no Dow Jones, 0,09% no S&P500 e 0,21% no NASDAQ. O dólar está se valorizando diante de outras moedas, com o índice DXY subindo 0,21%. Os juros americanos estão caindo, com a Treasury de 10 anos a 1,53% a.a., contra 1,55% a.a. ontem. Hoje sairão dados de pedidos semanais de seguro-desemprego e o PMI de Chicago. Os dois devem ter mostrado que a economia americana segue em ritmo de recuperação considerável da atividade econômica.
Os preços de commodities estão operando em sua maioria em queda. O índice geral da Bloomberg recua -0,18%, com quedas na soja (-0,88%), no açúcar (-0,64%), no ouro (-0,25%) e no petróleo (-0,86%), com o barril tipo WTI sendo negociado a US$ 75,89. Por outro lado, o minério de ferro sobe 1,66% hoje, voltando a ficar acima de US$ 120/ton, após dados indicarem maior atividade nas siderúrgicas chinesas.
No Brasil, hoje será divulgado o resultado fiscal do setor público consolidado. A expectativa é de um número bastante positivo (R$ 7,5 bi), após a surpresa para cima no dado do governo central ontem (R$ 3,9 bi contra R$ 1,3 bi). Os números positivos do resultado fiscal corrente não evitam que a percepção sobre o fiscal no futuro piore. Mais categorias de funcionalismo público aderiram à greve para tentar obter reajustes salariais como os que foram prometidos por Bolsonaro para os policiais federais. Aumenta a possibilidade de a situação ser resolvida com alguma forma de ampliação de gasto em 2022. Em outra notícia fiscal, a necessidade de conseguir recursos para bancar a desoneração da folha deve resultar na manutenção por mais tempo de medidas temporárias que eram para bancar o Auxílio Brasil, como aumento de IOF e CSLL para bancos. Hoje o real deve se depreciar diante do dólar, os juros futuros devem subir e a bolsa deve cair.