Hoje na Economia – 31/03/2020

Hoje na Economia – 31/03/2020

Mercados financeiros abrem o dia em sua maioria em alta, a quinta nos últimos seis pregões, reagindo à estabilização dos novos casos de Covid-19 em alguns países e aos pacotes de estímulos adotados pelos governos.

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única. O índice MSCI Asia Pacific caiu -0,2%, com recuo de -0,88% no índice Nikkei do Japão sendo compensado pela alta nas outras bolsas: +0,11% na bolsa de Xangai, +2,19% no KOSPI da Coréia do Sul, +3,62% no SENSEX da Índia. O iene está se desvalorizando contra o dólar, -0,73%, cotado a ¥/US$ 108,55, após o governo anunciar um pacote fiscal de US$ 550 bi, o maior da história. Os PMIs oficiais da China foram divulgados. No caso do setor de manufatura ele subiu de 35,7 para 52,0 (expectativa 44,8), enquanto no caso de não manufatura subiu de 29,6 para 52,3 (expectativa 42,0). O órgão oficial chinês ressaltou que o fato de eles terem voltado a ficar acima de 50 (zona de expansão normalmente) não significa que a atividade retornou completamente ao normal, mas sim que a atividade melhorou em termos relativos em relação ao mês anterior, com o relaxamento do confinamento na maior parte do país.

As bolsas europeias iniciam o dia majoritariamente em alta, puxadas pelo setor de turismo e lazer, após a OMS dizer que os novos casos estão se começando a se estabilizar na região após semanas de confinamento, mesmo com a Espanha tendo mostrado o maior número de mortes diárias até agora. O índice pan-europeu de ações, STOXX600 sobe 0,91%, com altas de 0,82% no FTSE100 de Londres e +0,72% no DAX de Frankfurt. Há queda de -0,16% no CAC40 de Paris. O euro está se desvalorizando diante do dólar, -0,80%, cotado a US$/€ 1,0958. A inflação na Zona do Euro ficou abaixo do esperado na prévia de março, com o núcleo a 1,0% A/A contra expectativa de 1,0% A/A.

No mercado americano, os índices futuros operam em leve alta, com o S&P500 subindo 0,26%. Há queda leve nas taxas de juros futuros americanas, com a Treasury de 10 anos recuando 3 pbs, para 0,6931% a.a.. O dólar está ganhando valor contra outras moedas de países desenvolvidos, fazendo o índice DXY subir 0,51%. Algumas moedas de países emergentes estão se valorizando diante do dólar, como o rand sul-africano (+0,58%) e o rublo russo (+1,67%). Hoje sairá o dado de confiança do consumidor do Conference Board de março, que deve mostrar forte recuo.

As commodities operam sem direção única, com alta no índice geral da Bloomberg (de +0,34%) devido ao forte avanço no preço do petróleo. Após ter caído abaixo de US$ 20/barril ontem, agora o petróleo tipo WTI é negociado a US$ 21,34, um aumento de 6,17% no preço.

No Brasil hoje sairão os dados de taxa de desemprego e de resultado fiscal do setor público consolidado, ambos referentes a fevereiro. A taxa de desemprego deve subir de 11,2% para 11,6% enquanto o resultado fiscal deve mostrar déficit de mais de R$ 20 bi. Ainda em relação ao fiscal, o Congresso se move para aprovar mais ajuda para famílias e empresas necessitadas, além da PEC que permitiria ao Banco Central do Brasil realizar operações que se assemelham ao quantitative easing nos países desenvolvidos. Essas medidas devem seguir tendo efeito na parte longa da curva de juros, que deve subir. A bolsa brasileira deve ter alta hoje, enquanto o real deve se valorizar diante do dólar.

Topo