Hoje na Economia – 31/05/2022

Hoje na Economia – 31/05/2022

Na Ásia, as bolsas fecharam sem direção única em meio a indicações de que a atividade industrial na China dá sinais de retomada, enquanto as preocupações com o crescimento global continuam pesando nas decisões dos investidores. O índice regional de ações MSCI Asia Pacific operou boa parte do pregão em queda, encerrando o dia próximo da estabilidade. Na China, o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS) informou que o índice de gerentes de compras (PMI) industrial avançou a 49,6 em maio, enquanto o de serviços subiu a 47,8. Ainda que se encontrem abaixo da marca de 50 pontos, indicando contração da atividade, os resultados deram fôlego à perspectiva de melhora da principal economia asiática. Esses números e a continuidade do processo de reabertura de Pequim e Xangai deram força aos negócios, levando o índice Xangai Composto a fechar com alta de 1,19% na sessão de hoje. O Hang Seng avançou 1,38% em Hong Kong, enquanto o sul-coreano Kospi subiu 0,61% em Seul; o Taiex valorizou 1,19% em Taiwan. Na contramão da região, no Japão, o índice Nikkei fechou em baixa de 0,33% em Tóquio, com destaque para as quedas das grandes montadoras de veículos.

Na Europa, as bolsas operam em queda nesta manhã, tendência que ganhou força após a divulgação de dados mostrando alta recorde da inflação na região, acirrando as discussões sobre o ritmo do aperto monetário que será adotado pelo Banco Central Europeu (BCE). A taxa anual de inflação ao consumidor da zona do euro subiu 8,1% em maio, renovando o nível recorde da série. No momento, o índice pan-europeu de ações, STOXX600, registra queda de 0,34%. Em Paris e Frankfurt, os índices CAC40 e DAX registram recuos de 0,79% e 0,67%, respectivamente. Em Londres, a bolsa local se destaca operando em alta. O FTSE100 sobe 0,35%, refletindo, entre outras coisas, a forte alta das ações da Unilever (+7,0%).

Nos EUA, após o feriado de ontem, que manteve os mercados fechados, os juros dos Treasuries operam em alta, acompanhando as altas dos títulos soberanos europeus. O juro pago pelo T-Bond de 10 anos subiu nove pontos base para 2,83% ao ano. O dólar avança frente às principais moedas. O índice DXY sobe a 101,74 pontos, +0,07%, refletindo o recuo do euro, que devolve parte da alta de ontem, decorrente de comentários hawkish de dirigentes do BCE. Nesta manhã, o euro recua para US$ 1,0730/€, depreciando 0,45%, enquanto a libra cai a US$ 1,2608/£, desvalorizando 0,35%. Os índices futuros das bolsas de Nova York operam em baixa com o recrudescimento das preocupações com a inflação e o aperto monetário do Fed. Neste momento, o índice futuro do Dow Jones recua 0,66%; S&P 500 registra perda de 0,69% e o Nasdaq desvaloriza 0,24%.

As cotações do petróleo exibem altas firmes, após a aprovação do embargo, ainda que parcial, da União Europeia (UE) sobre importações do óleo da Rússia. O embargo atingirá dois terços das importações de petróleo russo pelos países da UE. No momento, o contrato futuro do petróleo tipo WTI é cotado a US$ 119,13/barril, alta de 3,54%.

Relaxamento das medidas de isolamento em Xangai e Pequim e dados de atividade mostrando reativação da atividade econômica na China impulsionam as commodities nesta manhã, o que pode dar força ao Ibovespa, apesar da queda dos futuros americanos. Na agenda, IBGE divulga a taxa de desemprego de abril, que deve ficar em 10,9% segundo as projeções do mercado. Às 14h, o presidente do BC, Roberto Campos Neto, fala sobre inflação e juros em audiência pública na Câmara dos Deputados.

Topo