Hoje na Economia – 31/07/2019

Edição 2307

31/07/2019

Mercados operam sem direção única, nesta quarta-feira. Investidores atentos à decisão de política monetária do Fed, nesta tarde, ao mesmo tempo em que se frustram com a falta de progresso nas conversações comerciais entre americanos e chineses.

Na Ásia, bolsas de ações fecharam majoritariamente em baixa. O índice regional MSCI Asia Pacific apurou queda de 0,80% no pregão de hoje. Na bolsa de Tóquio, o índice Nikkei caiu 0,86%, também, afetado pelo enfraquecimento do dólar diante da moeda japonesa. No momento, o dólar é negociado a 108,56 ienes de 108,62 ienes de ontem à tarde. Na China, foi divulgado o índice de gerentes de compras (PMI) do setor industrial, que subiu para 49,7 pontos em julho, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas (NBS), vindo acima das expectativas dos analistas, mas ainda permanecendo na zona de contração da atividade. Em Xangai, o índice Composto apurou perda de 0,67%. Na bolsa de Seul, o índice Kospi caiu 0,69%; o índice Hang Seng, de Hong Kong, cedeu 1,31%.

Na Europa, os investidores aguardam pelo desfecho da reunião do Fed, o que deixa as bolsas sem direcional definido. O índice pan-europeu de ações, STOXX600, flutua em torno da estabilidade, nesta manhã. Em Paris, o CAC40 sobe 0,10%, enquanto em Frankfurt, o DAX apura ganho de 0,30%. Bolsa londrina opera no vermelho: o FTSE100 perde 0,47%, no momento. O euro é negociado a US$ 1,1147 de US$ 1,1156 no final da tarde de ontem. Foi divulgado o PIB do 2º trimestre da zona do euro, que veio em linha com o esperado pelos mercados: +0,2% T/T e +1,1% na comparação anual. A inflação ao consumidor subiu 1,1% em julho, em relação a igual mês do ano passado, em linha com a estimativa dos analistas. Já o núcleo da inflação da zona do euro, apresentou alta de 0,9% na mesma base de comparação, abaixo das projeções que indicavam alta de 1,0%.

Nos Estados Unidos, os juros longos permanecem em queda, em que pese à expectativa majoritária dos investidores de um corte de juros de 25 pontos-base na taxa de referência. O juro pago pela T-Note de 2 anos encontra-se em 1,83%, recuando 0,86%, enquanto o rendimento da T-Note de 10 anos permanece em torno de 2,054%, com queda de 0,17%. O dólar sustenta a valorização obtida frente às principais moedas nos últimos dias. O índice DXY situa-se em 98,09, mesmo patamar observado ontem.

No mercado de petróleo, os contratos futuros da commodity operam em alta, motivados pela queda dos estoques americanos, reportado pela American Petroleum Institute. Hoje sai o relatório oficial do Departamento de Energia (DoE). Nesta manhã, o contrato futuro do petróleo tipo WTI, para setembro, é negociado a US$ 58,38/barril, com alta de 0,57%.

Investidores brasileiros devem operar de olho nas decisões de política monetária nos EUA (15h) e do Copom às 18h. A aposta majoritária dos participantes do mercado é de queda da Selic para 6%. Um forte ajuste nos mercados pode ocorrer caso o Fed não corte os juros ou o Copom seja mais conservador neste início de flexibilização dos juros.